Assassinato de reputação: Erenice Guerra foi inocentada. Com a palavra a Folha e a Veja.

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Erenice teve reputação assassinada pela mídia golpista.

Altamiro Borges em seu blog

Numa notinha de 2.158 toques, a Folha noticia hoje [6/4] que a ex-ministra Erenice Guerra foi inocentada no inquérito que apurou seu envolvimento num suposto esquema de tráfico da influência na Casa Civil. O caso foi arquivado pela Justiça Federal por absoluta falta de provas e a sentença do juiz Vallisney de Souza Oliveira teve o apoio do Ministério Público e a PF, que acompanharam o processo aberto há um ano e sete meses. Em síntese: tratou-se de mais um assassinato de reputação patrocinado pela mídia!

A própria Folha confirma seu ato irresponsável e criminoso. “Erenice perdeu o cargo de ministra da Casa Civil em 2010, em meio à disputa presidencial. A queda ocorreu no dia em que a Folha revelou que ela recebeu um empresário e o orientou a contratar a consultoria de seu filho para conseguir um empréstimo no BNDES”. O tal “empresário” era Rubnei Quícoli, um notório vigarista que o jornal utilizou como fonte de suas acusações levianas para fabricar um mais um escândalo político.

As razões políticas do escândalo fabricado

O escândalo não teve apenas razões comerciais, não visou aumentar as vendas com base em matérias sensacionalistas. Ele teve conotação política. Visou interferir diretamente nas eleições presidenciais de 2010. Erenice era considerada o braço direito da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e ocupou a pasta quando esta deixou o posto para disputar a sucessão. A mesma Folha se jacta, na maior caradura, que “o escândalo tirou votos de Dilma e acabou contribuindo para levar a eleição ao segundo turno”.

Além da Folha, a revista Veja fez da denúncia leviana uma corrosiva peça de campanha eleitoral. Num gesto criminoso, ela obrou a capa terrorista com o título “Caraca, que dinheiro é esse”. A “reporcagem” dizia que pacotes de até R$200 mil teriam sido entregues no interior da Casa Civil, então comandada por Erenice Guerra. Tudo a partir de denúncias em off, de fontes anônimas. A revista não apresentou qualquer prova concreta e, na sequência, também se gabou da degola da ex-ministra. Um crime!

Agora, Erenice foi inocentada pela Justiça. E como ficam os assassinos de reputações da Folha e da Veja?

Nota à imprensa da Procuradoria da República do DF sobre o arquivamento do caso Erenice Guerra

A Procuradoria da República no Distrito Federal, por meio da procuradora da República Luciana Marcelino, responsável pelo inquérito que apurou as notícias de suposta corrupção e tráfico de influência na Casa Civil durante a gestão da ex-ministra Erenice Guerra, esclarece o seguinte:

1 – A promoção de arquivamento do inquérito baseou-se nos elementos colhidos durante a investigação, a qual não alcançou indícios suficientes de autoria e materialidade de crime por parte dos envolvidos.

2 – A compreensão do Ministério Público Federal não se contrapõe às conclusões do relatório da autoridade policial, já que a Polícia Federal tampouco indiciou qualquer dos investigados.

3 – A propósito, muito embora alguns dos fatos noticiados hajam sido demonstrados, a análise do inquérito policial, como não poderia deixar de ser, restringiu-se ao enfoque criminal, que não resultou no oferecimento de denúncia apenas porque não chegaram a ser apuradas provas mínimas de crime, sem prejuízo, em tese, de responsabilidade em outras esferas jurídicas, que não a persecução penal.

4 – O Poder Judiciário poderia ter rejeitado a promoção de arquivamento apresentado pelo MPF, como prevê o artigo 28 do Código do Processo Penal, quando, então, os autos seriam encaminhados à 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF para nova análise.

5 – Com o objetivo de dar transparência a todos os argumentos que fundamentaram a promoção de arquivamento pelo Ministério Público Federal neste caso, foi requerido à Justiça Federal nesta segunda-feira, 30 de julho, o levantamento do sigilo da manifestação do MPF em sua íntegra.

6 – Foi informado aos meios de comunicação que entraram em contato com a Procuradoria da República no Distrito Federal que a procuradora da República titular do caso estava no gozo de férias regularmente deferidas, tendo retomado suas atividades na presente data.”

Assessoria de Comunicação

Procuradoria da República no Distrito Federal

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8 Respostas to “Assassinato de reputação: Erenice Guerra foi inocentada. Com a palavra a Folha e a Veja.”

  1. Henrique Mascarenhas de Souza Says:

    Há muito me preocupa o que se resolveu chamar de liberdade de imprensa. Não defendo, por óbvio, a censura, mas não penso que liberdade de imprensa seja escrever qualquer coisa. Acabar com a reputação de cidadãos, sem provas, deveria ser punido com cadeia. Sei que isso não vai acontecer, então espero que a mão da justiça seja pesada na hora de atribuir valor às indenizações por dano moral. No caso específico acho que as indenizações pagas por Veja e Folha deveriam quebrar as empresas. A grande imprensa brasileira (controlada por meia dúzia de famílias) pressionou tanto por um controle externo do poder judiciário que foi criado o Conselho nacional de Justiça – CNJ. Por que a sociedade não exige que órgãos da imprensa provem as denúncias que praticam? Porque a parcela da população leitora da Folha e da Veja não quer notícia. Quer exatamente o mesmo que querem Veja e Folha: desgastar o governo tudo o que puder, não importa se mentindo. No final importa eleger o PSDB/DEM em 2014, já que não conseguiram em 2010.

  2. PELA REVISÃO DO JULGAMENTO DO MENTIRÃO!!! | EVS NOTÍCIAS Says:

    […] Assassinato de reputação: Erenice Guerra foi inocentada. Com a palavra a Folha e a Veja. No Obroguero by bloglimpinhoecheiroso  Altamiro Borges em seu blog Numa notinha de 2.158 toques, a Folha noticia hoje [6/4] que a ex-ministra Erenice Guerra foi inocentada no inquérito que apurou seu envolvimento num suposto esquema de tráfico da influência na Casa Civil.  O caso foi arquivado pela Justiça Federal por absoluta falta de provas e a sentença do juiz Vallisney de Souza Oliveira teve o apoio do Ministério Público e a PF, que acompanharam o processo aberto há um ano e sete meses. Em síntese: tratou-se de mais um assassinato de reputação patrocinado pela mídia! A própria Folha confirma seu ato irresponsável e criminoso. “Erenice perdeu o cargo de ministra da Casa Civil em 2010, em meio à disputa presidencial.  A queda ocorreu no dia em que a Folha revelou que ela recebeu um empresário e o orientou a contratar a consultoria de seu filho para conseguir um empréstimo no BNDES”. O tal “empresário” era Rubnei Quícoli, um notório vigarista que o jornal utilizou como fonte de suas acusações levianas para fabricar um mais um escândalo político. […]

  3. Jose Antonio Lemos Says:

    Diante do assassinato politico da Eunice a ministra , cabe o fechamento deste hoje jornaleco e essa revistinha de quinta.para o jornalista mau caráter não troco meus conhecimento primário pela faculdade de crápula que te formou.diogo mainardi queria saber como sua familia se sente sabendo que o pai e uma mer……………..

  4. Marco Antonio Says:

    Isso demonstra, ao contrário do que alguns leigos publicaram aqui, em sua luta a favor da PEC 37 ( respeito as posições, mas é preciso entender as funções das Instituições antes de se manifestar), que o papel do Ministério Público_ seja federal ou estadual_ não é ” acusar”, como tanto foi repetido neste espaço. O MP atua_ pelo menos em tese_ como fiscal da lei e da sociedade. A tarefa de oferecer denúncias em casos em que visualize danos a essa sociedade é tão sua como a obrigação de não fazê-lo ou pedir posteriormente absolvição ( falando em casos penais) nas situações em que vislumbre ser esta a necessidade legal.

  5. MONROE… | EVS NOTÍCIAS Says:

    […] Reblogged from novobloglimpinhoecheiroso: […]

  6. BARBOSA SERÁ O DESTAQUE DO 21 DE ABRIL MINEIRO -(…ENQUANTO ISSO, O MENSALÃO TUCANO OU MINEIRO SEGUE SEM JULGAMENTO NO SUPREMO.) | EVS NOTÍCIAS Says:

    […] na presente data.” Assessoria de Comunicação Procuradoria da República no Distrito Federal https://novobloglimpinhoecheiroso.wordpress.com/2013/04/07/assassinato-de-reputacao-erenice-guerra-fo…  Compartilhar  Marcar como não lido  Curtir  6 horas […]

  7. Gremista Virtual Says:

    Incriveis os crimes que são cometidos, impunemente, sob o manto sujo da tal “liberdade de expressão”. Até quando veremos isso?

  8. anisioluiz2008 Says:

    Reblogged this on O LADO ESCURO DA LUA.

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