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Partido de Marina tem pelo menos 25% de assinaturas podres

28 de agosto de 2013

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Via Carta Maior em 28/7/2013

A Rede, partido preparado por Marina Silva especialmente para ser candidata às eleições presidenciais de 2014, teve uma em cada quatro de suas supostas assinaturas de eleitores recusadas pelos cartórios. O motivo é que tais assinaturas simplesmente não batem com as firmadas pelos eleitores. Ou os eleitores se esqueceram de como assinam seus nomes, ou alguém andou preenchendo fichas à revelia dos verdadeiros eleitores.

Nessa toada, o número de apoiadores fantasmas pode ultrapassar os 100 mil. Os cartórios estão devolvendo fichas aos montes, o que levanta suspeitas de que as filiações feitas às pressas podem ter se valido de métodos “heterodoxos” de coleta, como forma de emplacar o partido marineiro.

Segundo a Lei nº 9.096/1995, só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter nacional. Para que essa condição seja considerada válida, o partido deve ter uma quantidade de apoiadores correspondente a 0,5% da quantidade dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados (descontando brancos e nulos). Esse meio por cento de eleitores deve estar distribuído por um terço ou mais dos estados, com um mínimo de 0,01% do eleitorado de cada um desses estados.

A porcentagem é relativamente baixa. Não à toa, o Brasil tem nada menos que 30 partidos atualmente em funcionamento (segundo o TSE). Hoje, o número de apoiadores necessários para se fundar um partido está abaixo de meio milhão de eleitores (491 mil, para ser mais exato, com base nos votos da última eleição).

O prazo limite para criar a Rede é o dia 5 de outubro deste ano. Para cumprir todo o processo legal, os dirigentes da Rede exigem do TSE que reconheça o partido a toque de caixa.

Do pedestal dado por pesquisas de opinião, Marina Silva declarou que seu partido é “um anseio da sociedade”. Todavia, as dificuldades levantam dúvidas sobre o fato de que a sociedade que põe a mão no fogo pelo projeto marineiro talvez não chegue a 0,5% do eleitorado. Pelo menos não do dia para a noite.

Como muitos cartórios estão atrasados, a Rede exige ainda saber com antecedência quantas fichas extras precisarão ser providenciadas para tapar o buraco das assinaturas podres. Soa algo estranho o partido da “nova política” admitir que pode ter um “estoque” de eleitores para sanar seu problema.

Caso a providência não aconteça e os cartórios não facilitem a vida da Rede, os operadores jurídicos da nova agremiação pretendem tirar da cartola outra solução heterodoxa. Como muitos cartórios estão atrasados na conferência e validação das fichas, requerem que o Tribunal considere as fichas ainda não verificadas como se fossem todas válidas.

Caso não consiga criar sua sigla, Marina vai ter que apelar para alguma dentre as já existentes. Convites já foram feitos. O problema é que Marina quer ser candidata às eleições com um partido para chamar de seu. Melhor ainda se ele não tiver o nome começando com a palavra “partido”. Ajuda a evitar que a Rede seja reconhecida pelo eleitor como aquilo que é: um partido.

O curioso é que, perante a Justiça Eleitoral, o objetivo é o inverso. A Rede quer ter direito a usufruir de todos os benefícios da lei dos partidos, principalmente acesso ao tempo de tevê (como se sabe, pago com recursos públicos), dinheiro do fundo partidário para fazer campanha eleitoral e assento reconhecido na Câmara e Senado aos seus parlamentares aderentes, com direito à montagem de gabinetes de liderança, que são aquinhoados com salas, telefones, computadores e, principalmente, assessores.

Nada mais justo se a regra permite. Desde que a regra seja cumprida, e não burlada. Depois de ter reclamado do risco de ser vítima de casuísmos direcionados contra a sua participação nas eleições de 2014, a Rede pede à Justiça Eleitoral que lhe conceda um casuísmo, de bom grado. O pedido de registro ao TSE sem o mínimo de assinaturas necessárias equivale à tentativa de um gol de mão. Ao juiz, se pede que se dê um jeitinho e faça vista grossa. Tudo em nome da “nova” política.

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Fraude nas assinaturas: Justiça pede investigação sobre Rede de Marina

24 de agosto de 2013

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Via Brasil 247 em 21/8/2013

Justiça Eleitoral acionou o Ministério Público e a polícia para investigar indícios de fraude e irregularidades na coleta de assinaturas em São Paulo para a criação da Rede Sustentabilidade, partido da ex-senadora Marina Silva.

Segundo informações da Folha, em Ourinhos, no oeste paulista, ao menos dois eleitores que aparecem na lista de apoiadores da legenda declararam não ter assinado nenhuma ficha do partido. Indícios de fraude também foram informados por cartórios de Mogi das Cruzes, São Bernardo do Campo e em São José do Rio Preto, em São Paulo.

Segundo o promotor responsável, Marcos da Silva Brandini, terá de ser feito o exame grafotécnico para confirmar se as assinaturas são ou não dos eleitores. O partido rebateu a suspeita e afirmou em nota que os problemas podem ter sido provocados pela falta de parâmetros dos cartórios na certificação dos apoios.

Em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, a ex-senadora Marina Silva se reuniu com a presidente Carmen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral, e pediu pressa na validação das assinaturas para a criação da Rede Sustentabilidade: “Essas assinaturas precisam ser validadas, porque não temos culpa se eles não têm o parâmetro para fazer a validação ou se contam com estrutura de pessoal que não está dando conta de fazer o processamento dentro do prazo”, disse.

A candidata à Presidência tem até o dia 5 de outubro para registrar o partido caso queria disputar as eleições de 2014.

A igreja Assembleia de Deus faz mutirão para viabilizar o partido de Marina

15 de maio de 2013
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Marina mira suas garras nos evangélicos.

A cota de evangélicos é de um quinto das assinaturas do Rede, novo partido das ex-verde.

Via Valor Econômico

Em frente à Assembleia de Deus – Ministério do Belém, na capital paulista, duas mulheres, com prancheta nas mãos, se aproximam dos homens que chegam apressados à igreja, segurando Bíblias. Vestidas com camiseta do Rede Sustentabilidade, as voluntárias pedem assinaturas para o partido articulado pela ex-senadora Marina Silva, antes da reunião mensal que reúne até 3 mil pastores e obreiros. “É para apoiar a Marina”, diz uma das mulheres, exibindo uma foto da ex-senadora. Na porta do templo, são distribuídas fichas para a coleta de 66 mil assinaturas.

Cada religioso ganha um envelope com 11 folhas, com espaço para 33 assinaturas. “O pastor Lélis pediu para pegar e devolver preenchida”, diz o pastor que entrega as fichas. A orientação é devolver tudo completo dentro de uma ou duas semanas.

O nome do pastor Lélis Washington Marinhos, uma das lideranças do Ministério do Belém, quebra a resistência dos que não sabem para quem coletarão assinaturas. “Não é um trabalho oficial da igreja, mas é um exercício de cidadania”, diz o pastor, que é presidente do conselho político nacional da Convenção Geral das Igrejas Assembleia de Deus no Brasil. “Temos formadores de opinião e é justo que eles opinem. Todos têm liberdade”, afirma. A relação com Marina é amistosa. “Ela goza da simpatia da igreja”, diz, lembrando que a ex-senadora é integrante da igreja em Brasília.

O pastor Luciano Silva, de 37 anos, que acompanhava a ação na igreja, diz ter pegado fichas para coletar 9 mil assinaturas. “Marina é irmã. Tem origem humilde e sempre lutou pelas causas sociais. As pessoas têm boa aceitação”.

À frente do contato com os evangélicos está o presbítero Geraldo Malta, de 54 anos, um dos fundadores do PSDB e responsável pela aproximação de José Serra com pentecostais e neopentecostais nas campanhas pela Prefeitura de São Paulo em 2012 e pela Presidência em 2010. Malta é assessor do deputado federal Walter Feldman (PSDB), um dos articuladores do Rede Sustentabilidade.

A expectativa de coleta nas igrejas evangélicas da capital paulista, diz Malta, é de 80 mil a 100 mil assinaturas – quase um quinto das 492 mil necessárias para viabilizar o novo partido. “Já visitamos quase todas as denominações evangélicas”, diz. No mesmo dia em que foi ao Ministério do Belém, Malta pediu apoio ao pastor Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus do Brás, e ao presidente do Partido Ecológico Nacional (PEN), Adilson Barroso, ligado à Assembleia de Deus.

A busca de assinaturas entre evangélicos, no entanto, é apenas um dos caminhos investidos pelos articuladores do Rede Sustentabilidade para tentar viabilizar o partido. Na comemoração do 1º de Maio, o grupo pediu permissão ao presidente da Força Sindical, deputado Paulinho da Força (PDT), para coletar assinaturas na festa da central sindical e conseguiu cerca de 3 mil apoios, segundo Malta.

As universidades são um dos focos do partido. A coleta é reforçada quando Marina é convidada a fazer palestra aos estudantes, como na USP leste, na capital paulista, na semana passada. Parques, praças públicas e onde há aglomeração de pessoas, como perto de estações de metrô, são outros pontos em que há voluntários do Rede.

Há também a mobilização de deputados de diferentes legendas, como o tucano Feldman, Dr. Ubiali (PSB/SP), Domingos Dutra (PT/MA) e Alfredo Sirkis (PV/RJ), que poderão ingressar na sigla.

Artistas têm ajudado a dar visibilidade ao grupo e nesta semana a coleta de assinaturas será reforçada durante show de Adriana Calcanhoto, com Nando Reis e convidados em São Paulo, feito exclusivamente para apoiar o partido e angariar fundos para bancar a coleta.

O partido também investe na mobilização nas redes sociais e na internet. Há uma ficha disponível no site da legenda para quem quiser coletar assinaturas por conta própria. Responsável pela coordenação executiva do grupo, a advogada Marcela Moraes, de 32 anos, diz que há sete mil pessoas inscritas como voluntárias em todo o país.

A presença de Marina nos eventos de coleta dá visibilidade nos meios de comunicação. Em visita a São Paulo, em março, cercada por jornalistas e fotógrafos, a ex-senadora chamava a atenção nos mercados públicos por onde passou para pedir apoio. Com calça jeans e tênis, Marina explicava: “Não é filiação ao partido. É endosso. É concordar que o partido seja criado”.

Depois de cumprimentar Marina, a aposentada Madalena Prestes, de 64 anos, diz ter assinado a ficha por desejar mudanças na política. “Quero que ela faça alguma coisa. Estou cansada desses partidos”.

Para bancar parte dos custos, o grupo de Marina organizou dois eventos com empresários e apoiadores para levantar recursos, em São Paulo e em Brasília. A maior parte dos cerca de R$55 mil arrecadados veio de doadores da campanha presidencial de 2010, como Guilherme Leal, da Natura.

O Rede agora corre contra o tempo para conseguir o registro da Justiça Eleitoral até 5 de outubro, prazo que permitiria disputar a eleição de 2014 e dar legenda para a candidatura de Marina. E se não der tempo de registrar o partido até outubro, há possibilidade de concorrer por outro partido? Feldman evoca Marina e diz: “Ela sempre fala o seguinte: quem tem plano B não tem plano A”, afirma. “Não existe a possibilidade de não dar certo”.

Está explicada a capa da Vejinha com Kassab: Abril fecha contrato de R$493 mil com a Prefeitura de São Paulo

5 de outubro de 2012

Luis Nassif em seu Advivo

Anos atrás, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, foi destaque nas páginas amarelas da revista Veja. Na mesma semana que saiu a entrevista, uma blogueira de Brasília levantou no Diário Oficial do Distrito Federal o pagamento de R$500 mil, em assinaturas da revista Veja.

Na semana passada, o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab foi personagem de uma matéria de capa da Vejinha, altamente favorável.

No Diário Oficial de São Paulo de 20 de setembro passado, há a informação de que a Prefeitura adquiriu assinaturas da revista Nova Escola, da Fundação Victor Civita, por R$493 mil.

Aparentemente, há um preço de tabela.

Clique aqui para ler o Diário Oficial.