Posts Tagged ‘Inflação’

Índice de inflação tem a menor taxa para janeiro desde 2009

10 de fevereiro de 2014
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Queda dos preços das passagens aéreas contribuiu para redução da inflação de janeiro.

IPCA foi a 0,55%, com diminuição de preços de passagens aéreas e combustíveis, segundo o IBGE. Taxa acumulada em 12 meses está em 5,59%, menor índice desde novembro de 2012.

Via RBA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve variação de 0,55% no primeiro mês de 2014, abaixo tanto de dezembro (0,92%) como de janeiro de 2013 (0,86%). Foi o menor índice para janeiro desde 2009 (0,48%). Com o resultado, divulgado na manhã de hoje (7) pelo IBGE, a inflação acumulada em 12 meses recuou para 5,59%, ante 5,91% nos 12 meses imediatamente anteriores. É a menor taxa acumulada desde novembro de 2012 (5,53%).

De acordo com o instituto, o grupo Transporte foi o principal responsável pelo recuo de dezembro para janeiro, ao passar de 1,85% para –0,03%. Depois de subir 20,13% no último mês de 2013, os preços das passagens aéreas caíram 15,88%, enquanto os combustíveis foram de 4,12% para 0,77%. “Os preços da gasolina subiram 0,60% em janeiro, bem menos do que os 4,04% do mês anterior, quando refletiu o reajuste de 4% em vigor nas refinarias desde 30 de novembro”, diz o IBGE.

Já o etanol continuou subindo, devido ao início da entressafra de cana, mas com menor ímpeto: de 4,83% para 1,43%. O óleo diesel, que no final de novembro teve reajuste de 8% nas refinarias, passou de 4,89% para 0,91%. E as viagens interestaduais foram de 1,30% para 0,81%.

Ainda nesse grupo, as tarifas de ônibus intermunicipais subiram mais, de 0,25% em dezembro para 1,76%, com destaque para os aumentos nas regiões metropolitanas de Rio de Janeiro (4,49%) e Belo Horizonte (6,06%). As tarifas de táxi aumentaram 3,28%, ante 0,18% no mês anterior, com alta de 7,65% na região metropolitana de Curitiba e 11,2% no Rio.

Os alimentos registraram a segunda maior variação do mês (0,84%), mas abaixo de dezembro (0,89%). O IBGE destaca a variação de 3,07% do item carnes, que teve o maior impacto individual no índice geral (0,08%). No Rio, os preços tiveram alta de 5,88%.

Segundo o instituto, vários produtos ficaram mais caros em janeiro. Foram os casos de cenoura (20,72%), cebola (16,11%), hortaliças (6,01%), frutas (3,43%), pescados (5,84%), açúcar refinado (2,12%), refrigerante (1,19%), arroz (1,12%), pão francês (1,01%).

Ainda em alimentação, caíram os preços de tomate (–10,43%), feijão mulatinho (–6,1%), leite longa vida (–5,61%), batata inglesa (–4,5%), feijão carioca (–3,99%), farinha de mandioca (–1,85%) e feijão preto (–1,08%).

O grupo Despesas Pessoais foi destaque entre as altas, ao passar de 1%, em dezembro, para 1,72%. O preço do cigarro aumentou 7,79% e o das excursões aumentou 9,26%, enquanto o custo com empregado doméstico subiu 1,03%. O cigarro representou impacto de 0,08 ponto no índice do mês – o IBGE lembra que o produto teve reajuste médio de 12% “em determinadas marcas e regiões” em 2 de dezembro, outro reajuste de 14% no dia 31 daquele mês e outros 12% em 13 de janeiro.

Entre as regiões pesquisadas, o maior índice foi apurado em Curitiba (0,77%), com variações de 12,49% em cigarros e 1,17% em alimentos. O menor foi o de Brasília (–0,07%), com impacto de redução de preços das passagens áreas (–17,27%) e queda nas tarifas de energia elétrica, devido a redução nas alíquotas de PIS-Pasep-Cofins.

O IPCA variou em 0,50% Belém, 0,65% em Belo Horizonte, 0,41% em Campo Grande, 0,45% em Fortaleza, 0,61% em Goiânia, 0,53% em Porto Alegre, 0,56% em Recife, 0,50% no Rio de Janeiro, 0,71% em Salvador, 0,53% em São Paulo e 0,56% em Vitória.

A partir de janeiro, o IBGE incorporou a região metropolitana de Vitória e o município de Campo Grande.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,63%, ante 0,72% em dezembro e 0,92% em janeiro de 2013. A taxa acumulada em 12 meses recuou para 5,26%, ante 5,56% no período imediatamente anterior.

Metodologia da Rede Globo e sua “imparcialidade”

15 de janeiro de 2014

Via Blog do Agenor

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Gráfico 1: Inflação do Brasil.

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Gráfico 2: Mais ricos do Brasil.

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Gráfico 3: Acontecimentos do Brasil.

Dr. Toicinho, CEO do PIG desde 1939, oferece Medalha Rola-Bosta 2014 para quem for mais lacaio, além do Troféu Lacaio Piguiano 2014.

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Os bilionários da Globo

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“Guerra psicológica”: Debate sobre inflação é político

12 de janeiro de 2014
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“Guerra psicológica”: A GloboNews é uma piada.

Vitor Nuzzi, via RBA

“Não temos uma inflação alta, temos uma inflação moderada e controlada”, diz o professor João Sicsú, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Para ele, hoje há uma discussão “mais política do que técnica” em torno do tema. Ele lembra que o país está completando uma década de inflação dentro da meta, que vai até 6,5%. “Mas temos de buscar uma inflação cada vez menor, porque é um elemento que dificulta a distribuição de renda”, observa.

Nesse sentido, Sicsú afirma que não adianta aumentar os juros como forma de reduzir a inflação. “Acho que cabe, mais que ao Copom (Comitê de Política Monetária), cabe ao governo, elaborar elementos mais sofisticados do que os juros para o combate à inflação. A taxa de juros tem custo fiscal e de desaceleração do crescimento. É o samba de uma nota só. Inflação deve ser tratada com inteligência. É preciso buscar a causa e atacá-la.”

Nos últimos anos, o economista e pesquisador lembra que o custo de vida vem sendo pressionado, basicamente, pelos itens ligados ao grupo de Alimentação e Bebidas – que subiu 9,86% em 2012 e 8,48% em 2013, respondendo respectivamente por 38% e 34% do IPCA. “Isso vem de causas climáticas, de especulação no mercado internacional de commodities. A taxa de juros não é capaz de conter essa inflação. Não terá nenhum impacto sobre o tomate ou o trigo”, diz Sicsú.

Outro item de pressão é o custo com serviço doméstico, com influência do salário mínimo. “Mas o salário mínimo tem cumprido um papel muito mais positivo, em termos de distribuição de renda, do que a inflação que provoca em algum nível.”

Também se reflete um momento de transição pelo qual o país passa. “Há uma mudança estrutural no Brasil, que era um país estagnado e entrou na rota do desenvolvimento. Estamos sofrendo esse tipo de pressão inflacionária, estamos nessa transição, que traz variação maior de preços em serviços”, lembra o economista, citando casos como manicure, pedreiro e porteiros de prédio. E o período é de desemprego em nível baixo e renda em alta. “Todo país que melhora seu nível de renda tende a ter serviços mais caros.”

Para o problema atual, mais concentrado nos preços dos alimentos, ele sugere mudanças fiscais e controle de estoques. “Isso requer muito investimento do governo e muita inteligência”, observa Sicsú, para quem se deve dar mais atenção a variações “exageradas” nos preços dos alimentos. “O caso do tomate é emblemático. Custou 13 reais e custou 99 centavos. É preciso diminuir essas oscilações bruscas.”

Ele lembra que o país já superou, por exemplo, a inflação causada pelos chamados preços administrados (monitorados pelo governo). “Manter o contato com base no IGP era um tiro no pé, por ser um índice muito sensível à variação cambial. O que derrubou a inflação em 2007/2008 não foram os juros, mas a mudanças nos contratos dos preços administrados.”

Para este ano, a inflação de 2014 não deverá mostrar resultado muito diferente dos últimos anos, “a não ser que aconteça algo extraordinário no mundo”, e se manter abaixo de 6%. “Mas toda a ênfase vai ser dada aos preços de alimentos e bebidas. A discussão vai ser política-eleitoral”, lembra. “O embate vai ser difícil, porque será concentrado no que mais tem variado (custos com alimentação) e que é muito sensível. E quando menor a renda, maior a parcela gata com alimentos.”

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12 de janeiro de 2014
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Urubólogas: A “comentarista econômica” Miriam Leitão errou feio nas previsões sobre o ano que passou. Ana Maria Braga perdeu uma grande chance de ficar com a boca fechada.

Altamiro Borges em seu blog

Desconsertada e sem qualquer autocrítica, a mídia rentista divulgou na sexta-feira, dia 10, que a inflação brasileira ficou “dentro da meta” no ano passado. Durante vários meses, quase todos os dias, a imprensa alardeou que os preços dos produtos e serviços iriam explodir e que o Brasil não tinha como escapar do colapso econômico.

Num dos momentos mais patéticos desta campanha terrorista, a apresentadora Ana Maria Braga, da TV Globo, usou um ridículo colar de tomates para criticar a “explosão inflacionária”.

Agora, o IBGE registra que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, fechou em 5,91% em 2013 – abaixo do draconiano teto da meta do governo, que é de 6,5% ao ano.

Em entrevista à Agência Brasil, o ministro interino da Fazenda, Dyogo Henrique, festejou o resultado e afirmou que o índice “não surpreendeu o governo”. Ele também explicou a pequena alta da inflação no último mês do ano passado.

“Já esperávamos que dezembro tivesse um índice um pouco mais alto por conta do aumento do preço da gasolina e também do período de férias, quando as passagens aéreas contribuíram para que o índice viesse um pouco mais alto”.

Os jornalões on-line, porém, preferiram dar manchete para os preços de dezembro, em vez de destacar o cumprimento da meta inflacionária. Isto confirma que a “guerra psicológica” prosseguirá neste ano.

O terrorismo da mídia rentista tem dois objetivos básicos.

O primeiro é político. Os urubólogos de plantão e os tais “especialistas de mercado” – nome fictício dos banqueiros – tentam criar um clima de pânico na sociedade para desgastar a presidenta Dilma Rousseff e alavancar as frágeis lideranças da velha e da nova oposição. Daí as manchetes pessimistas, como a da Folha, de que a inflação “pode elevar o desemprego” e reduzir os salários.

O segundo intento é econômico. Boa parte da mídia nativa é ligada ao capital financeiro, muitos veículos inclusive estão endividados nos bancos. A gritaria sobre a explosão inflacionária visa elevar os juros para manter os altos rendimentos dos rentistas, dos agiotas financeiros.

Neste esforço para manipular a sociedade, com objetivos políticos e econômicos, a mídia distorce números e faz terrorismo. A comparação com a inflação nos governos anteriores confirma esta distorção.

Como reconhece o repórter Sílvio Guedes Crespo, do UOL, “embora a presidente Dilma seja duramente acusada de leniência com a inflação, o ritmo de aumento de preços durante seu governo é próximo ao do período Luiz Inácio Lula da Silva e inferior ao da gestão Fernando Henrique Cardoso. A inflação foi de 6,5% em 2011, 5,84% em 2012 e5,91% em 2013, o que dá uma média anual de 6,1%. Na era Lula (2003-2010), os preços subiram 5,8% ao ano. Já na gestão FHC (1995-2002), o aumento médio foi de 9,1%”.

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Inflação anual de Dilma é próxima à de Lula e inferior à de FHC

11 de janeiro de 2014

Sílvio Guedes Crespo, via Achados Econômicos

Embora a presidente Dilma Rousseff seja duramente acusada de leniência com a inflação, o ritmo de aumento de preços durante o seu governo é próximo ao do período Luiz Inácio Lula da Silva e inferior ao da gestão Fernando Henrique Cardoso.

A inflação foi de 6,5% em 2011, 5,84% em 2012 e 5,91% em 2013, o que dá uma média anual de 6,1%. Na era Lula (2003 a 2010), os preços subiram 5,8% ao ano. Já na gestão FHC (1995 a 2002), o aumento médio foi de 9,1%.

Os dados se referem ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador oficial de inflação, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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As críticas à presidente Dilma provavelmente resultam da avaliação, por parte de analistas, de que neste momento histórico existem condições para o governo manter a inflação em um nível mais baixo.

Tanto Lula quanto FHC tiveram que enfrentar a inércia de uma inflação alta deixada por seus respectivos antecessores. Em 1994, um ano antes de o tucano chegar à Presidência, os preços haviam subido 917%, de modo que a alta de 22% no ano seguinte – que seria um escândalo nos dias atuais – foi vista como um alívio.

Em 2002, antes da posse de Lula, a inflação havia sido de 12,5%. O resultado de 9,3% no primeiro ano do petista também foi, portanto, um avanço.

Com Dilma, ocorreu o contrário. O gráfico acima mostra que a inflação vinha caindo gradativamente em cada mandato presidencial até chegar o governo atual, que interrompeu essa trajetória.

Para recordar, a inflação foi de 135% ao ano com Figueiredo, 586% com Sarney, 735% com Collor e 1.519% com Itamar. Justiça seja feita, foi no governo Itamar Franco que a hiperinflação acabou. O IPCA subiu 757% no primeiro semestre de 1994 e apenas 19% no segundo, época em que FHC era ministro da Fazenda.

FHC

Fernando Henrique Cardoso passou o primeiro mandato combatendo fortemente a inflação, pois essa postura o havia colocado na Presidência e disso dependeria a sua reeleição.

De 22% em 1995, o IPCA passou a 10%, 5% e 2% em cada um dos anos seguintes, respectivamente. O gráfico abaixo deixa clara a redução drástica da inflação a partir de 1995.

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Desde o início, FHC usou intensamente o câmbio como uma das armas do combate ao aumento de preços, em vez de conter com mais força os gastos públicos. Mantendo o real forte em relação ao dólar, os produtos importados ficaram baratos para os brasileiros ao longo de todo o primeiro mandato.

A estratégia gerou um rombo nas contas externas do país e provocou críticas dentro do próprio governo. Chamada de “âncora cambial”, a política foi apelidada de “populismo cambial” pelo então ministro José Serra.

Com o real caro, o preço dos produtos brasileiros fica alto e a nossa indústria tem dificuldade para competir com os estrangeiros. Resultado: as importações aceleram e as exportações pisam no freio. A âncora cambial fez o saldo comercial do Brasil (diferença entre exportações e importações) acumular uma perda de US$22 bilhões durante o primeiro mandato de FHC. Analistas passaram a desconfiar que, cedo ou tarde, faltariam dólares no país.

Após crises em países emergentes, investidores observaram os fracos fundamentos da nossa economia à época e especularam contra o real. Em janeiro de 1999, o governo teve que fazer uma forte desvalorização da moeda nacional e abandonar a âncora cambial.

Com a queda do real, o saldo comercial melhorou, mas a inflação aumentou. Um ajuste fiscal forte, que poderia ter sido feito no primeiro mandato, acabou tendo que ser feito no segundo, paralelamente a uma elevação considerável da taxa básica de juros.

Num contexto de impostos altos, corte de gastos públicos e juros elevados, a economia travou, provocando aumento do desemprego e queda da renda da população. Dessa forma, FHC fechou as portas do Planalto para os tucanos por pelo menos 12 anos.

Lula

A política de combate à inflação no governo Lula começou com uma carta aberta do recém empossado presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao ministro da Fazenda, Antônio Palocci, pedindo para ajustar a meta de aumento de preços de 4% para 8,5%.

Meirelles explicava que a inércia da inflação do ano anterior seria responsável, sozinha, por 4 pontos percentuais da alta de preços em 2003. Dessa forma, o primeiro mandato do governo Lula começou com uma inflação de 9,3%, em 2003, e terminou com uma de 3,14%, em 2006.

Diferentemente do que ocorreu no segundo mandato de FHC, no governo Lula o câmbio ajudou a segurar a inflação, pois os preços de matérias-primas – que são o forte do Brasil – dispararam no mercado internacional. As exportações batiam recorde anualmente, o que permitiu ao país importar cada vez mais produtos baratos sem causar um rombo nas contas externas.

O cenário permitiu ao Banco Central baixar drasticamente a taxa básica de juros sem pressionar a inflação.

O bom resultado das exportações gerou confiança dos investidores internacionais e os estimulou a colocar dinheiro no setor produtivo brasileiro. A entrada de dólares permitiu ao país passar de devedor a credor externo. Em um cenário mais estável, o crédito pôde avançar, gerando consumo, emprego e renda.

Com a crise financeira internacional em 2008, a atividade econômica brasileira esfriou, e o presidente Lula passou a injetar dinheiro na economia por meio de empréstimos de bancos públicos.

A inflação, então, voltou a subir e terminou o ano de 2010 em 5,91% – mesmo número alcançado por Dilma em 2013. Porém, naquele momento a economia brasileira cresceu 7,5% (contra os cerca de 2% no ano passado), de modo que Lula terminou seu segundo mandato como o presidente mais popular do mundo e, diferentemente de FHC, elegeu sua sucessora.

Dilma

A presidente Dilma Rousseff pegou um cenário internacional mais difícil do que Lula. Ela não pode contar com o câmbio para controlar a inflação, como fizeram Lula e FHC em seu primeiro mandato.

Com o real valorizado, as importações avançariam muito e não haveria como elevar as exportações o suficiente para compensar a saída de dólares. A China e a Europa, dois de nossos principais clientes, desaceleraram o ritmo de compra de produtos brasileiros.

Ainda, a concessão de crédito aumentou. Ao mesmo tempo, a taxa básica de juros, um dos principais instrumentos de controle de preços, foi reduzida pelo Banco Central nos dois primeiros anos do governo Dilma. Esses dois movimentos fizeram crescer a quantidade de dinheiro disponível na economia, sem a contrapartida do aumento dos investimentos e da produtividade. A consequência foi uma inflação acima do centro da meta por três anos seguidos.

A acusação à presidente de leniência com a inflação parte da ideia de que o governo não deveria aumentar a circulação de dinheiro no país sem que houvesse um aumento de produtividade. Seria melhor respeitar as metas ainda que isso gerasse algum custo social de curto ou médio prazo – como o aumento do desemprego.

Ainda, o uso de métodos não convencionais para segurar os preços – por exemplo, o subsídio à energia elétrica e à gasolina e também o baixo reajuste aos preços administrados – é uma postura que gera desconfiança no mercado.

Cumprir a promessa oficial de uma inflação de 4,5% seria uma das medidas para dar previsibilidade ao mercado e ganhar a confiança de investidores. Combinado com outras decisões – como a de não maquiar os dados das contas públicas e realizar mais concessões de infraestrutura ao setor privado –, o controle dos preços ajudaria a atividade econômica a se recuperar no longo prazo.

Na sexta-feira, dia 3, cairá o último pilar da mídia golpista

2 de janeiro de 2014
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O ministro Mantega calará a boca da mídia golpista.

A notícia será dada ao País pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega: sim, o Brasil cumpriu sua meta fiscal em 2013. O número de dezembro, que ainda está sendo fechado, permitirá que o superávit acumulado supere a meta de R$73 bilhões. A notícia é importante num ano em que setores da sociedade tentaram instilar pessimismo infundado sobre apagão, inflação do tomate, disparada do câmbio e, finalmente, descontrole das contas públicas.

Via Brasil 247

Está marcada para sexta-feira, dia 3/1, na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília, a derrubada da última trincheira da “guerra psicológica” movida por setores da oposição contra a política econômica. Às 12h30, o ministro Guido Mantega anunciará ao País que o governo federal cumpriu sua meta de superávit primário traçada para 2013, que era de R$73 bilhões – valor suficiente para impedir o crescimento da relação entre a dívida interna e o Produto Interno Bruto.

O anúncio é importante porque o “descontrole fiscal” era o último pilar do terrorismo liderado por setores da imprensa contra o País.

Em janeiro, Globo e Folha de S.Paulo prometeram apagão. Não aconteceu. Em abril, Veja e Época, com o auxílio luxuoso de Ana Maria Braga e seu colar de tomates, previram a disparada da inflação. Ela fechará o ano abaixo de 6%. Depois, as críticas se concentraram contra a falta de independência do Banco Central. No entanto, Alexandre Tombini elevou os juros e conteve as expectativas negativas.

Em agosto, foi a vez de prever a disparada do dólar, que fecharia o ano acima de R$3,00. Outra aposta furada. Sobrou, então, o ataque à “contabilidade criativa” e ao “descontrole das contas públicas”. Entretanto, com o superávit de R$28,8 bilhões divulgado em novembro, o saldo acumulado no ano bateu em R$62,4 bilhões.

O número total do ano ainda está sendo fechado pelos técnicos da Fazenda, mas ficará bem acima dos R$73 bilhões prometidos ao mercado. O que dará certa folga fiscal ao governo no início de 2014. Assim, o ministro Mantega deverá se comprometer, também, com uma meta agressiva para este ano.

Todas as previsões dos que apostaram na “guerra psicológica” fracassaram. Mas isso não significa que não haverá outras em 2014.