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A igreja Assembleia de Deus faz mutirão para viabilizar o partido de Marina

15 de maio de 2013
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Marina mira suas garras nos evangélicos.

A cota de evangélicos é de um quinto das assinaturas do Rede, novo partido das ex-verde.

Via Valor Econômico

Em frente à Assembleia de Deus – Ministério do Belém, na capital paulista, duas mulheres, com prancheta nas mãos, se aproximam dos homens que chegam apressados à igreja, segurando Bíblias. Vestidas com camiseta do Rede Sustentabilidade, as voluntárias pedem assinaturas para o partido articulado pela ex-senadora Marina Silva, antes da reunião mensal que reúne até 3 mil pastores e obreiros. “É para apoiar a Marina”, diz uma das mulheres, exibindo uma foto da ex-senadora. Na porta do templo, são distribuídas fichas para a coleta de 66 mil assinaturas.

Cada religioso ganha um envelope com 11 folhas, com espaço para 33 assinaturas. “O pastor Lélis pediu para pegar e devolver preenchida”, diz o pastor que entrega as fichas. A orientação é devolver tudo completo dentro de uma ou duas semanas.

O nome do pastor Lélis Washington Marinhos, uma das lideranças do Ministério do Belém, quebra a resistência dos que não sabem para quem coletarão assinaturas. “Não é um trabalho oficial da igreja, mas é um exercício de cidadania”, diz o pastor, que é presidente do conselho político nacional da Convenção Geral das Igrejas Assembleia de Deus no Brasil. “Temos formadores de opinião e é justo que eles opinem. Todos têm liberdade”, afirma. A relação com Marina é amistosa. “Ela goza da simpatia da igreja”, diz, lembrando que a ex-senadora é integrante da igreja em Brasília.

O pastor Luciano Silva, de 37 anos, que acompanhava a ação na igreja, diz ter pegado fichas para coletar 9 mil assinaturas. “Marina é irmã. Tem origem humilde e sempre lutou pelas causas sociais. As pessoas têm boa aceitação”.

À frente do contato com os evangélicos está o presbítero Geraldo Malta, de 54 anos, um dos fundadores do PSDB e responsável pela aproximação de José Serra com pentecostais e neopentecostais nas campanhas pela Prefeitura de São Paulo em 2012 e pela Presidência em 2010. Malta é assessor do deputado federal Walter Feldman (PSDB), um dos articuladores do Rede Sustentabilidade.

A expectativa de coleta nas igrejas evangélicas da capital paulista, diz Malta, é de 80 mil a 100 mil assinaturas – quase um quinto das 492 mil necessárias para viabilizar o novo partido. “Já visitamos quase todas as denominações evangélicas”, diz. No mesmo dia em que foi ao Ministério do Belém, Malta pediu apoio ao pastor Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus do Brás, e ao presidente do Partido Ecológico Nacional (PEN), Adilson Barroso, ligado à Assembleia de Deus.

A busca de assinaturas entre evangélicos, no entanto, é apenas um dos caminhos investidos pelos articuladores do Rede Sustentabilidade para tentar viabilizar o partido. Na comemoração do 1º de Maio, o grupo pediu permissão ao presidente da Força Sindical, deputado Paulinho da Força (PDT), para coletar assinaturas na festa da central sindical e conseguiu cerca de 3 mil apoios, segundo Malta.

As universidades são um dos focos do partido. A coleta é reforçada quando Marina é convidada a fazer palestra aos estudantes, como na USP leste, na capital paulista, na semana passada. Parques, praças públicas e onde há aglomeração de pessoas, como perto de estações de metrô, são outros pontos em que há voluntários do Rede.

Há também a mobilização de deputados de diferentes legendas, como o tucano Feldman, Dr. Ubiali (PSB/SP), Domingos Dutra (PT/MA) e Alfredo Sirkis (PV/RJ), que poderão ingressar na sigla.

Artistas têm ajudado a dar visibilidade ao grupo e nesta semana a coleta de assinaturas será reforçada durante show de Adriana Calcanhoto, com Nando Reis e convidados em São Paulo, feito exclusivamente para apoiar o partido e angariar fundos para bancar a coleta.

O partido também investe na mobilização nas redes sociais e na internet. Há uma ficha disponível no site da legenda para quem quiser coletar assinaturas por conta própria. Responsável pela coordenação executiva do grupo, a advogada Marcela Moraes, de 32 anos, diz que há sete mil pessoas inscritas como voluntárias em todo o país.

A presença de Marina nos eventos de coleta dá visibilidade nos meios de comunicação. Em visita a São Paulo, em março, cercada por jornalistas e fotógrafos, a ex-senadora chamava a atenção nos mercados públicos por onde passou para pedir apoio. Com calça jeans e tênis, Marina explicava: “Não é filiação ao partido. É endosso. É concordar que o partido seja criado”.

Depois de cumprimentar Marina, a aposentada Madalena Prestes, de 64 anos, diz ter assinado a ficha por desejar mudanças na política. “Quero que ela faça alguma coisa. Estou cansada desses partidos”.

Para bancar parte dos custos, o grupo de Marina organizou dois eventos com empresários e apoiadores para levantar recursos, em São Paulo e em Brasília. A maior parte dos cerca de R$55 mil arrecadados veio de doadores da campanha presidencial de 2010, como Guilherme Leal, da Natura.

O Rede agora corre contra o tempo para conseguir o registro da Justiça Eleitoral até 5 de outubro, prazo que permitiria disputar a eleição de 2014 e dar legenda para a candidatura de Marina. E se não der tempo de registrar o partido até outubro, há possibilidade de concorrer por outro partido? Feldman evoca Marina e diz: “Ela sempre fala o seguinte: quem tem plano B não tem plano A”, afirma. “Não existe a possibilidade de não dar certo”.

Novo partido: Roberto Freire caiu no conto de José Serra

3 de maio de 2013

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Serra tira a escada e deixa Roberto Freire pendurado na brocha.

Via Os amigos do presidente Lula

A costumeira indecisão de José Serra (PSDB/SP) em definir rumos está “tirando a escada e deixando Roberto Freire pendurado na brocha”, como se diz no ditado popular.

Freire fundiu seu ex-PPS com o ex-PMN de Jaqueline Roriz, para criar o MobiDemo. No fundo é a criação de uma “janela partidária” para outros parlamentares com mandato mudarem para o “novo” partido. A ideia era receber a filiação de José Serra, trazendo outros tucanos ligados a ele.

Acontece que, pela lei, essa a janela se fecha em 30 dias, e Serra declarou não ter pressa. Disse até que continuará no PSDB, apesar de todos apostarem que é só para atazanar por mais tempo Aécio Neves (PSDB/MG). A data limite para mudar de partido e concorrer em 2014 é o início de outubro.

Com isso, Roberto Freire corre o risco de ser caso único de fundir um partido e, em vez de aumentá-lo, encolhê-lo, ao perder parte de seus membros, já que quem era filiado ao PPS ou ao PMN também está livre para mudar de partido sem perder o mandato, alegando discordar da fusão.

Marina Silva cria o PSDdoB

16 de fevereiro de 2013

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“Nem posição, nem oposição”, diz Marina sobre nova sigla

A ex-senadora Marina Silva afirmou no evento de fundação de seu novo partido, no sábado, dia 16, que a nova sigla não é de oposição nem de posição. Segundo ela, o necessário é tomar posições, apoiando acertos do governo e criticando os erros.

A fala de Marina remete a uma declaração do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Ao lançar em 2011 o seu partido, o PSD, ele declarou que a legenda não era centro, de direita nem de esquerda.

“Me perguntam se somos posição ou oposição à Dilma. Eu digo: nem posição, nem oposição”, afirmou Marina, segundo relata o repórter Fábio Brandt. Em seguida, a pré-candidata a presidente em 2014 disse que o bom trabalho do governo deve ser apoiado e o mau trabalho criticado – caso do projeto do novo Código Florestal.

Em seu discurso, Marina deixou claro que o tema preferencial do novo partido deverá ser o ambiental. Para ela, trabalhar pelo bem comum nos tempos de hoje é “produzir a economia de baixo carbono, proteger a água, proteger as florestas”.

Nota do Limpinho: Marina Silva continua em cima do muro como as aves de rapina.

Partido de Marina vai se chamar Rede [Globo?]

8 de fevereiro de 2013

Marina_Dinheiro02O nome surgiu de debates on-line na página dos Sonháticos na internet e foi o preferido da ex-senadora por sintetizar o conceito que ela quer dar à sigla. A oficialização será no dia 16.

Ricardo Galhardo, via Portal Último Segundo

O partido a ser fundado pela ex-senadora Marina Silva vai se chamar Rede. O nome e até mesmo a decisão de criar ou não um novo partido serão definidos apenas no dia 16, quando os Sonháticos, como se autodenominam os integrantes do Movimento por uma Nova Política e apoiadores de Marina, vão se reunir em Brasília.

Segundo fontes próximas de Marina, o nome surgiu nos debates on-line feitos a partir da página dos Sonháticos na internet. Uma pequena roda de apoiadores próximos da qual fez parte a própria Marina avaliou várias sugestões e acabou escolhendo o nome Rede.

O nome foi o preferido por sintetizar o conceito que Marina quer imprimir ao partido. Ao contrário das demais legendas, a (ou “o”) Rede terá uma estrutura horizontal e “multicentralista” no qual todos militantes, em tese, terão poder de orientar os rumos do partido.

A ex-senadora evita dizer que aprovou ou escolheu pessoalmente o nome do partido. Ela e seu grupo vão apresentar a sugestão no encontro do dia 16, em Brasília. A estimativa é que o evento de fundação da (“do”) Rede tenha a participação de mais de 3 mil sonháticos que vão pagar as passagens e hospedagens do próprio bolso.

Após tantos “nãos”, Marina Silva fica de mãos abanando

26 de janeiro de 2013

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A ex-senadora, que planejava atrair luminares da política brasileira para a sua legenda Semear, só tem recebido “nãos”. A tendência é que ela concorra em 2014 montada num partido nanico, o que praticamente elimina suas chances de sucesso na próxima disputa presidencial.

Via Brasil 247

O senador Cristovam Buarque (PDT/DF) disse não. Prefere esperar uma brecha para que ele próprio possa concorrer à Presidência da República pelo PDT.

O deputado José Antônio Reguffe (PDT/DF), aquele que pretendia devolver suas verbas de gabinete, também disse não. É, antes de tudo, um “cristovista”.

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) foi o terceiro a dizer não. Tentará, agora, a presidência do Senado, contra o poderoso Renan Calheiros (PMDB/AL) e, mais adiante, o governo do Amapá.

Assim como os três, também disseram não os deputados Alessandro Molon (PT/RJ) e Ricardo Tripoli (PSDB/SP).

Fernando Gabeira, do PV, também fica onde está e pode vir a ser candidato a presidente em 2014.

Eis um resumo dos nãos recebidos até agora pela ex-senadora Marina Silva, que, em 2010, concorreu à Presidência pelo PV e teve 20 milhões de votos.

Com esse capital político, ela esperava repetir o sucesso do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e montar um grande partido.

Mas a nova sigla de Marina, batizada de “Semear”, vem colhendo negativas. Até agora, ela tem apenas o sim da ex-senadora Heloísa Helena e do tucano Walter Feldman, que ainda pode desistir.

Pelo andar da carruagem, ela chegará em 2014 montada num partido nanico, incapaz de garantir a ela uma candidatura competitiva.

Pesquisa confirma PSDB em queda e associado à burguesia

21 de janeiro de 2013
Mesmo dominando os governos de São Paulo e de Minas Gerais, o PSDB viu a preferência no Sudeste minguar à metade.

Mesmo dominando os governos de São Paulo e de Minas Gerais, o PSDB viu a preferência no Sudeste minguar à metade.

Mesmo com declínio nas preferências partidárias em geral, PT se mantém com quatro vezes mais apoiadores que PMDB e PSDB, ao passo que tucanos caem à metade no Sudeste.

Via Rede Brasil Atual

Pesquisa do Ibope divulgada no domingo, dia 19, confirma a tendência sentida nas urnas pelo PSDB, de se transformar em um partido associado aos mais ricos e em queda no total das preferências do eleitorado. Segundo a sondagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, os tucanos são apontados como a sigla preferida de 23% dos entrevistados com renda familiar superior a dez salários mínimos.

No geral, os petistas se mantêm bem à frente dos adversários, e os tucanos demonstram queda acentuada em todas as regiões. 24% dizem ter como sigla o Partido dos Trabalhadores, contra 6% do PMDB, em recuo desde a redemocratização, em 1985, e 5% do PSDB. Por região, o PT é indicado como partido preferido de 27% dos nordestinos, e tem 26% entre os moradores do Sudeste, 22% no Sul e 11% no Norte e no Centro-Oeste.

Quando se leva em conta os dados econômicos, a pesquisa Ibope simplesmente confirma a tendência flagrada pelo cientista político André Singer, professor da Universidade de São Paulo (USP). Singer vem demonstrando que, após a chegada ao Palácio do Planalto, o PT passou a conquistar a simpatia entre os estratos mais baixos de renda, ao passo que o caso do “mensalão”, em 2005, significou um afastamento das classes mais altas.

No final do ano passado, 56% dos brasileiros diziam não nutrir preferência por nenhuma sigla. Na primeira pesquisa, feita 24 anos antes, 61% dos entrevistados indicavam predileção por algum partido. No geral, todos apresentaram queda. O PT caiu nove pontos desde 2010, segundo o Ibope, quando 33% afirmaram preferência pela legenda do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O PSDB, porém, foi o que apresentou a queda mais dramática nas preferências. De 1995 a 2012, foi de 14% para 7% no Sudeste, tradicional reduto de políticos tucanos alçados ao plano nacional, especialmente São Paulo e Minas Gerais. Ainda assim, estes estados parecem continuar concentrando a base mais importante para a sigla de Fernando Henrique Cardoso, já que os patamares de preferência baixam a 5% no Norte e no Centro-oeste, 4% no Nordeste e 3% no Sul.