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MP/SP abre processo contra promotor que queria morte de manifestantes

11 de junho de 2013
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Zagallo poderá sofrer sanções internas, mas o órgão não divulgou o grau máximo de punição que ele está sujeito a sofrer.

Rogério Zagallo disse, por meio do Facebook, que arquivaria processo se PM matasse manifestantes em protesto contra tarifas de ônibus.

Via Portal Terra

A Corregedoria do Ministério Público (MP) de São Paulo abriu um processo contra o promotor Rogério Zagallo, da 5ª Vara do Júri, por incitação da violência contra os manifestantes do Movimento do Passe Livre na noite de sexta-feira, dia 7. Por meio do Facebook, ele disse que arquivaria o processo caso a Tropa de Choque da Polícia Militar matasse os integrantes do protesto. Zagallo excluiu o post do Facebook mais tarde, mas terá sua conduta analisada pelo MP.

Ele poderá sofrer sanções internas, mas o órgão não divulgou o grau máximo de punição. “A Corregedoria Geral do Ministério Público do Estado de São Paulo instaurou, nesta segunda-feira (10), Reclamação Disciplinar para apuração dos fatos atribuídos ao promotor de Justiça Rogério Leão Zagallo, relativos a comentários nas redes sociais”, afirmou o MP, em nota. Zagallo usou palavrões para se referir aos manifestantes e defendeu “borrachada nas costas” para resolver o problema.

“Estou há 2 horas tentando voltar para casa, mas tem um bando de bugios revoltados parando a avenida Faria Lima e a Marginal Pinheiros. […] Que saudades da época em que esse tipo de coisa era resolvida com borrachada nas costas dos medras…”, disparou o promotor. “Por favor, alguém poderia a Tropa de Choque que essa região faz parte do meu Tribunal do Júri e que se eles matarem esses filhos da puta eu arquivarei o inquérito policial”, completou.

Após a polêmica, Zagallo voltou atrás e afirmou em seu perfil no Facebook que o protesto é válido. “Entendo como lícita e válida toda forma de protesto, debate e discussão sobre temas que estão na pauta da administração… O Movimento Passe Livre exercitou seu legítimo direito”, disse ele. Zagallo foi o promotor do caso Gil Rugai, condenado neste ano a 33 anos e 9 meses de reclusão por matar seu pai Luiz Rugai e sua madrasta, Alessandra de Fátima Troitiño, em 28 de março de 2004.

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Fernando Haddad: “Serra tem um exército que promove o ódio.”

13 de outubro de 2012

Candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad responde aos ataques do pastor Silas Malafaia. Em tom irado, líder evangélico partiu para a agressão contra Haddad em vídeo postado no YouTube e declarou voto no tucano, dizendo que “contra o kit gay, é Serra 45”.

Via Brasil 247

Em resposta a críticas do pastor evangélico Silas Malafaia, o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, rebateu na sexta-feira, dia 12, que “quem está por trás disso é o [candidato do PSDB, José] Serra”, que “vai mobilizar as trevas” para tentar vencer a eleição. Na semana passada, o líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo divulgou um vídeo pelo qual ataca o chamado “kit gay” e pede votos ao tucano. Ele também acusa o petista de andar de braços dados com os réus do processo do “mensalão” e de ter tido uma gestão terrível à frente do Ministério da Educação.

Sobre Serra, Haddad disse que “ele promove esse tipo de coisa, sobretudo nas redes sociais. Ele tem um exército na rede social que promove o ódio”. Para o candidato do PT, o tucano “fez isso com Dilma” e vai fazer isso com ele, em referência a ataques durante a campanha presidencial de 2010, quando foi derrotado pela presidente. “Será que nós vamos esquecer dois anos depois o que ele fez em 2010? Ele está por trás disso, posso te assegurar que o que ele está fazendo é a mesma estratégia de 2010, só que deu errado. O que ele tinha que entender é que esse tipo de prática vai dar errado”, acrescentou.

Ao comentar a reação de Haddad, em evento na tarde de sexta-feira, dia 12, Serra disse que o adversário não sabe explicar “o chamado kit gay”. O candidato do PSDB também disse que o ex-ministro da Casa Civil condenado pelo Supremo Tribunal Federal, José Dirceu, é o fundador do “esquema pega-ladrão” no País e que Haddad segue o padrão do líder petista. “José Dirceu quando atacado, ataca o outro. Esse é o esquema do pega-ladrão, que ele fundou no Brasil”, disse o tucano. “Haddad a cada dia está virando o Zé Dirceu”.

Assista ao vídeo de Silas Malafaia em apoio a José Serra:

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Tucanos montam tropa de choque para blindar Perillo e Serra

19 de julho de 2012

Helena Sthephanowitz, via Rede Brasil Atual

Foi um acinte à nação a entrevista coletiva com toda a cúpula do PSDB para blindar seus governadores envolvidos com Cachoeira, no mesmo dia em que um agente da Polícia Federal que participou das investigações da Operação Monte Carlo foi executado por dois assassinos.

O crime ainda não está esclarecido, mas obviamente há suspeitas de envolvimento da organização criminosa ligada a Carlinhos Cachoeira no assassinato do policial, já que o juiz de Goiânia que cuidava do caso pediu afastamento por ameaça de morte; e a Procuradora do Ministério Público Federal também foi ameaçada.

A nação brasileira exige desbaratar a organização e punir exemplarmente os mandantes, porque não é possível aceitar a Polícia Federal ser desafiada e intimidada dessa forma por organizações criminosas infiltradas em órgãos de estado, controlando amplos setores da Secretaria de Segurança Pública, e corrompendo policiais, como aconteceu em Goiás.

Na coletiva tucana, em vez de chamar seu governador Marconi Perillo (PSDB/GO) à responsabilidade, os tucanos foram prestar apoio e “reafirmar confiança”, mesmo com todas as evidências que pesam sobre ele.

Os tucanos usaram, sem sucesso, o velho golpe de, quando são pegos com a boca na botija em escândalos de corrupção, quererem se passar por vítimas de complôs petistas. Antigamente acusavam os adversários de fazer dossiês contra eles. Agora os acusam de fazer a própria CPMI do Cachoeira e ainda usaram o surrado argumento da revista Veja de que seria para fazer cortina de fumaça no julgamento do chamado “mensalão”.

Questionado por repórteres se o relatório da Polícia Federal que apontava propina para Perillo na compra da casa era perseguição petista, o presidente do partido, Sérgio Guerra (PSDB/PE), chegou ao absurdo de acusar a PF de conspirar politicamente contra os tucanos. E essa ofensa justamente no dia em que o agente da PF foi executado, talvez, por gente ligada à organização criminosa.

Ora, a Polícia Federal apenas seguiu o caminho do dinheiro, que saiu da Delta, passou pelas contas do esquema Cachoeira e foi parar nas contas de Perillo. E as conversas telefônicas indicam que o tucano estava condicionando uma propina de R$500 mil para liberar os pagamentos à Delta. O Brasil inteiro viu isso na tevê. Sérgio Guerra queria o quê” Que os policiais fechassem os olhos para todas essas evidências que indiciam Perillo”

Politicamente, a entrevista foi desastrosa perante a opinião pública. O telespectador viu uma tropa de choque querendo abafar sua própria corrupção. Nem a edição para reduzir danos do Jornal Nacional da TV Globo conseguiu salvar. Perillo já está queimado e nenhum político em sã consciência coloca a mão no fogo por ele sem motivo. No entanto, toda a cúpula tucana resolveu queimar a mão de propósito: Sérgio Guerra, o líder no Senado Álvaro Dias (PSDB/PR), o líder na Câmara Bruno Araújo (PSDB/PE) e os membros da CPI deputados Carlos Sampaio (PSDB/SP) e Vanderlei Macris (PSDB/SP).

Essa imolação política coletiva só tem uma explicação: blindar José Serra (PSDB/SP), para onde a CPI avança mais rápido do que o esperado. Os nomes de José Serra, de Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, e do empreiteiro José Celso Gontijo (*) foram proibidos no vocabulário tucano durante a entrevista, mas estava subentendido a todo momento, inclusive com os tucanos falando de “coisas que saem na internet”.

O recado nas entrelinhas dos tucanos foi para que os petistas deixassem Paulo Preto e Gontijo de lado, não mexessem com José Serra, porque senão deflagrariam uma guerra explorando o julgamento do mensalão com apoio das oligarquias midiáticas que estavam cobrindo a entrevista em peso. Grande novidade. Por acaso a pressão para marcar o julgamento coincidindo com a campanha eleitoral não foi justamente para fazer isso?

(*) Doador, por intermédio de sua mulher, de R$8,25 milhões, como pessoa física, ao PSDB nacional na campanha eleitoral 2010. Apareceu em diálogos da Operação Monte Carlo como intermediário de negócios da empreiteira Delta.

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