Klaus Brinkbaumer, via Der Spiegel
Os EUA estão doentes. Os atentados de 11 de Setembro deixaram o país ferido e transtornado. Isso é óbvio nestes quase 12 anos, mas apenas agora estamos descobrindo o quão grave é a doença. As ações da Agência de Segurança Nacional (NSA) expuseram mais do que apenas conversas ao telefone e as vidas digitais de milhões de pessoas. O escândalo de espionagem global mostrou que os EUA se tornaram maníacos, o país está se comportando patologicamente de modo invasivo. Suas ações são inteiramente desproporcionais ao perigo.
Desde 2005, uma média de 23 norte-americanos foram mortos a cada ano por atos de terrorismo, a maior parte fora dos EUA. Internamente, são 30 mil mortos por armas de fogo a cada ano. O presidente Barack Obama e o Congresso fazem pouco ou nada sobre isso. “Mais norte-americanos morrem em consequência da queda de aparelhos de tevê e outros utensílios do que por ações terroristas”, escreveu Nicholas Kristof no The New York Times e “um número de pessoas 15 vezes maior morre caindo de escadas”.
Os EUA gastaram US$8 trilhões no Exército e na segurança interna desde 2001. Não que o terrorismo não exista, mas espionar cidadãos e embaixadas, empresas e aliados, é uma violação do direito internacional. Tão monstruosa e ilegal quanto a prisão de Guantânamo, onde presos, sem provas, são alimentados à força.
Isso é tão ilegal quanto os drones, lançados com aprovação de Obama. Não tem ocorrido nenhum debate a respeito. Um governo que aprova um programa como o Prism não respeita nada e ninguém. Age com onipotência, considera-se acima da lei e isso é deprimente.
Tags: EUA, Terrorismo
28 de julho de 2013 às 15:53
Não nos esqueçamos que Obama ganhou o Nobel da Paz.
24 de julho de 2013 às 6:22
[…] EUA lutam contra seu próprio terrorismo […]