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Vaquinha: Vamos ajudar José Genoíno

10 de janeiro de 2014

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Leandro Fortes

A perseguição a José Genoíno, sua condenação esdrúxula e o sadismo com que seu julgamento foi tratado no STF e na mídia ainda serão revistos pela História, para a vergonha de seus detratores.

Todos os jornalistas de Brasília que cobriram o Congresso Nacional nas últimas duas décadas sabem que se trata de homem correto e um político extremamente honesto.

Ajudá-lo, nesse momento difícil, não é um favor. É uma missão.

Clique aqui para ter mais informações.

Por que os Estados Unidos combateram a ajuda de Chavez ao Haiti

19 de março de 2013
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Chavez visita o Haiti em 2007.

Papéis vazados pelo WikiLeaks revelam que Washington teme perder controle sobre “quintal”. O texto abaixo foi publicado originalmente pelo site Green Left.

Via Diário do Centro do Mundo

Dezenas de milhares de haitianos espontaneamente saíram às ruas da capital Porto Príncipe, na manhã de 12 de março de 2007. O presidente venezuelano, Hugo Chavez, acabara de chegar ao Haiti. Uma multidão, gritando e cantando com alegria, se juntou a ele ao lado da comitiva do presidente do Haiti, René Préval, a caminho do Palácio Nacional (mais tarde destruído no terremoto de 2010).

Lá, Chavez anunciou que a Venezuela iria ajudar a pobre ilha caribenha com a construção de usinas de energia, de aeroportos, com o fornecimento de caminhões de lixo e de equipes médicas. Mas a peça central dos presentes de Chavez ao Haiti foi 14 mil barris de petróleo por dia. Foi uma dádiva de Deus para um país assolado por apagões e falta de energia há décadas.

O petróleo era parte de um acordo que a PetroCaribe Venezuela assinara com o Haiti um ano antes. O Haiti teve de pagar apenas 60%. Os 40% restantes puderam ser pagos ao longo de 25 anos a juros de 1%.

Com iniciativas como aquela, a Venezuela fornece agora mais de 250 mil barris por dia, a preços drasticamente baixos, a 17 países da América Central e do Caribe. O custo do programa é estimado em 5 bilhões de dólares ao ano.

Caracas está ajudando a maioria das economias do Caribe e da América Central. Mas os Estados Unidos não estão felizes com isso, pois pela primeira vez em mais de um século é desafiada sua hegemonia em seu “quintal”. Vazamentos do WikiLeaks revelam a hostilidade de Washington à PetroCaribe.

Os papéis vazados mostram que a então embaixadora dos Estados Unidos no Haiti, Janet Sanderson, repreendeu Preval por “dar espaço para os slogans antiamericanos de Chavez” durante sua visita de 2007.

Como mostram os vazamentos, Janet não estava sozinha entre os diplomatas norte-americanos incomodados com a PetroCaribe. “É incrível que estejamos sendo superados em ajuda externa por dois países pobres: Cuba e Venezuela”, observou o embaixador dos EUA no Uruguai Frank Baxter em 2007. “Oferecemos um modesto programa Fulbright; eles oferecem milhares de bolsas de estudos para médicos. Oferecemos meia dúzia de programas breves para “futuros líderes”; eles oferecem milhares de cirurgias oftalmológicas para as pessoas pobres. Oferecemos acordos de livre comércio complexos para o futuro; eles oferecem petróleo hoje. Não é de surpreender que Chavez esteja ganhando amigos e influenciando pessoas.”

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Crianças haitianas.

Com a morte de Chavez, é previsível que a pressão de Washington sobre a Venezuela vá aumentar dramaticamente. Os norte-americanos vão tentar tirar proveito da vulnerabilidade do governo bolivariano durante a transição de poder.

O presidente interino, Nicolas Maduro, já fez soar o alarme. Maduro anunciou em rede nacional “que o adido da embaixada norte-americana estava sendo expulso por se reunir com militares para desestabilizar o país”, informou a Associated Press. Um adido da Força Aérea também foi expulso.

Em suma, assim como o imperativo de assegurar petróleo levou os Estados Unidos a múltiplas guerras, golpes e intrigas no Oriente Médio nos últimos 60 anos, agora deve conduzir a um novo confronto importante na América Latina. Com a morte de Chavez, Washington vê uma oportunidade há muito esperada para reverter a Revolução Bolivariana e programas como os da PetroCaribe.

Nos últimos anos, Chavez nacionalizou empreendimento de dezenas de empresas, incluídas Exxon Mobil, Chevron Texaco e outras grandes corporações norte-americanas. O futuro das reservas de hidrocarbonetos da Venezuela, as maiores do mundo, em breve deve ser um tema quente em disputas políticas e econômicas no hemisfério.

No caso do Haiti, foi o ex-presidente Jean-Bertrand Aristide quem primeiro desafiou o domínio norte-americano na região depois de vencer as eleições de dezembro de 1990. Mas ele foi derrubado por um golpe em setembro de 1991.

Chavez, eleito em 1998, foi o próximo líder da América Latina a enfrentar os norte-americanos. Os Estados Unidos tentaram derrubá-lo em abril de 2002, mas o povo venezuelano devolveu Chavez ao poder em dois dias.

Devido a sua perspicácia estratégica, a seu apoio popular, e à boa vontade criada com a PetroCaribe, o prestígio de Chavez cresceu na Venezuela e em várias partes do mundo em seus 13 anos no poder. Sua morte trouxe uma enorme maré de luto na América Latina.

Os elogios a Chavez se multiplicaram. Uma declaração feita em janeiro pelo antigo procurador-geral dos Estados Unidos, Ramsey Clark, que conhecia pessoalmente e trabalhou com Chavez, parece presciente. “Na minha opinião, a história julgará as contribuições de Hugo Chavez para a América Latina como maiores do que as de Simon Bolívar.”

Leandro Fortes: O jornalismo de sujeito oculto

6 de novembro de 2012

Alckmin e Antônio Ferreira Pinto, os sujeitos não tão ocultos.

Leandro Fortes, via Facebook em 6/11/2012

Todo dia, em frente a diversos aparelhos de tevê ligados na Rede Globo, tenho sido obrigado a assistir, com uma frequência assustadora, muitas edições do “Bom Dia Brasil” enquanto me exercito nas esteiras e bicicletas ergométricas da academia onde me enfiei para fazer ginástica.

Assim, hoje [6/11] bem cedo, pude notar a forma peculiar de o noticiário da Globo cobrir a onda de violência em São Paulo, onde foram registrados diversos assassinatos de policiais militares, de parentes de PMs, mortos por balas perdidas e ônibus incendiados.

É mais ou menos assim:

1. Bandidos decidiram matar policiais, mas não se tem a menor ideia do porquê dessa decisão. Parece ter havido uma espécie de geração espontânea.

2. Não se toca no nome do governador Geraldo Alckmin, nem do secretário de Segurança Pública. Muito menos se fala em PSDB. “Governo tucano”, claro, nem pensar. Quem pega o noticiário pelo meio, pode imaginar que os fatos talvez estejam acontecendo em Pasárgada ou Xangrilá.

3. Nenhum repórter ou apresentador do programa se deu ao trabalho de entrevistar um mísero analista ou especialista para falar da violência em São Paulo. E olha que a Globo não vive sem seu time de “especialistas”, sobretudo quando é para dar pau nos governos do PT. Para se ter uma ideia, na mesma edição da manhã de hoje, três especialistas foram chamados para dar pitaco sobre as eleições presidenciais dos EUA.

4. Nem uma única palavra sobre a política de segurança pública em São Paulo, nem uma análise sobre a ação da PM, nem do histórico da violência local. Nem muito menos sobre a discrepância da valentia de Alckmin para enfrentar os movimentos sociais e expulsar famílias em Pinheirinho em comparação à tibieza com que enfrenta os criminosos que apavoram a capital.

5. A intervenção do governo federal na crise, segundo o Bom Dia, foi feita a “convite” do governador, quando todo mundo sabe que uma das razões para a escalada de violência no estado foi a negativa de Alckmin em aceitar ajuda federal por motivos eleitoreiros.

Não fosse Dilma enviar o ministro da Justiça a São Paulo para, finalmente, ajudar a população e a polícia local, a República de Higienópolis já estaria estocando comida enlatada para se esconder da turba.

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