Posts Tagged ‘Eliane Cantanhêde’

A mídia está constrangida com o monstro que criou

4 de março de 2014

Eliane_Cantanhede15

Miguel do Rosário, via O Cafezinho

Eliane Cantanhêde, em sua coluna de domingo, dia 2, dá o tom de como será a campanha daqui para a frente. Qualquer sugestão de que haverá revisão criminal das condenações da Ação Penal 470 será tratada como “pizza” e haverá tentativa de insuflar a sociedade contra o STF. O que foi, aliás, o que fizeram durante todo o julgamento: tentaram emparedar o STF com a ameaça da “opinião pública”. A lógica do “linchamento”, da importância do “símbolo”, foi usada sem nenhum pudor pela mídia para chantagear os ministros do STF.

Entretanto, a estratégia vai ficar mais difícil. A catarse inicial foi feita: os condenados foram presos. A grande novidade agora é: e se prenderam inocentes, e se o julgamento foi equivocado?

A mídia agora está tropeçando no próprio pé, porque o seu interesse exagerado, histérico, na condenação, não deixará de ser associado à vergonhosa truculência de Joaquim Barbosa. E não só truculência: a mídia está associada à decisão arbitrária de Joaquim Barbosa de atropelar a tradição legal e transformar o STF num instrumento de vingança política contra alguns réus.

Assistam o vídeo. Ela é a prova de crime contra a Constituição Brasileira, contra o direito moderno, contra o humanismo que marca o direito penal desde o advento de Cesare Beccaria. Joaquim Barbosa confessa, despudoramente, que aumentou a pena do crime de quadrilha para que Dirceu permanecesse em regime fechado, e não semiaberto.

Um juiz não pode aumentar a pena para “compensar” a demora de um tribunal em julgar uma causa. Se eu for preso por assalto, e meu julgamento ocorrer daqui a dez anos, o tribunal não poderá aumentar minha pena de 10 para 15 anos, apenas para evitar a prescrição. Isso não existe. Até porque o réu também é vítima do atraso no julgamento.

O tempo de espera angustia muito mais o réu do que o juiz. O juiz continua sua vida, comprando apartamentos em Miami e passando férias na Europa, enquanto o réu aguarda, ansioso, pelo julgamento que irá determinar seu destino. Por isso Beccaria, pensador central do direito penal moderno, observa que os julgamentos têm de ser rápidos, eficazes e brandos.

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Eliane Cantanhêde nega “guerra psicológica” contra Dilma

3 de janeiro de 2014

Eliane_Cantanhede16_Apagao

A colunista Eliane Cantanhêde, que anunciou o “apagão” de 2013, nega que exista qualquer ação deliberada dos meios de comunicação para instilar pessimismo na economia: “O governo tateia, com IPI pra cá, IPI pra lá e aumento de IOF para viagens internacionais, enquanto Dilma vai à tevê em mais um pronunciamento nacional para criticar desastrosamente uma tal “guerra psicológica” contra… sei lá o quê”, afirma. Ela diz torcer para que 2014 não seja o “fiasco” previsto por analistas.

Via Brasil 247

Em sua primeira coluna do ano, a jornalista Eliane Cantanhêde diz torcer para “que 2014 seja 2013 às avessas”, a despeito dos “bons índices de emprego e o crescimento da renda”, que ela própria reconhece.

No texto, ela critica os “preços abusivos” da economia brasileira e nega que exista qualquer “guerra psicológica” dos meios de comunicação para, como disse a presidente Dilma Rousseff em sua pronunciamento do último domingo, para instilar pessimismo na economia.

“O governo tateia, com IPI pra cá, IPI pra lá e aumento de IOF para viagens internacionais, enquanto Dilma vai à tevê em mais um pronunciamento nacional para criticar desastrosamente uma tal “guerra psicológica” contra… sei lá o quê”, afirma.

No início de 2013, em reportagens publicadas na Folha de S.Paulo, Eliane noticiou, em tom alarmista, que o Brasil viveria um apagão do setor elétrico – o que acabou não acontecendo.

Agora, ela diz torcer para que 2014 não seja o “fiasco” previsto por analistas.

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A cheirosa Cantanhêde e a massa cheirante

17 de dezembro de 2013

Time_Cocaina01Quem faz jogo político com droga é a turma “cheirosa”. É na elite que está a “massa cheirante”.

Fernando Brito, no Tijolaço.

É muito curioso que Eliane Cantanhêde venha dar lições de moral, tachando de indigna a referência de Lula à indiferença da mídia em investigar o episódio do helicóptero do filho do senador José Perrella apreendido com uma imensa carga de cocaína.

Até o título é cuidado para fazer intriga: “A cocaína de Lula”

Qualquer pedra da estrada sabe que, se o helicóptero pertencesse a alguém ligado a Lula ou ao PT, haveria uma legião de repórteres esmiuçando tudo e mais um pouco: como o helicóptero fazia viagens ao Paraguai sem o conhecimento de seus donos, porque fez uma rota absurda de São Paulo para o Espírito Santo desviando-se quase o dobro do caminho para “abastecer-se” em Divinópolis (MG) e muitas outras coisas mais. Mas admitamos que Cantanhêde pense realmente assim.

Fui procurar, e não achei, algum artigo da colunista da “massa cheirosa” verberando contra a acusação do então vice de José Serra, Índio da Costa, que acusou o PT de “ser ligado às Farc, ao narcotráfico”.

Aí, pode, dona Eliane?

Mais: houve alguma palavra de protesto quando Mauro Chaves, jornalista ligadíssimo a Serra desferiu o petardo do artigo no Estadão com o famoso “pó para, governador”?

Aliás, o Estadão, tal como se acusava Stálin de “sumir” com a presença de Trotsky nas fotos da revolução russa, fez apagar a página, que o navegante Rei Lux recuperou nos arquivos da internet. E mais ainda, porque a colunista da Folha não procura seu novo colega de Folha, Reinaldo Azevedo, o último serrista assumido da grande mídia, para perguntar por que ele escreveu que “A estranha história do helicóptero dos Perrella, lotado de cocaína, não fecha quer na narrativa, quer na matemática”?

Só falta agora vir o Merval Pereira vir reclamar, logo ele que publicou a foto de um presidente de associação de moradores de um morro (o do Telégrafo, na Mangueira) ao lado de Brizola dizendo que o então candidato a presidente tirava fotos com traficantes…

Aliás, Brizola, que enfrentava na própria família o sofrimento causado pelo abuso de drogas, foi o tempo todo chamado de protetor do tráfico pelos congêneres de Cantanhêde.

Se fosse Brizola e não a Globo quem patrocinou o primeiro Rock in Rio, será que não iam dizer que o governador usava um espetáculo para a juventude para estimular o uso de drogas e favorecer o tráfico?

É curiosa esta indignação seletiva.

Acusar gente de esquerda, que não tem uma visão de “cura policial” para o problema das drogas – um dos raros traços de lucidez de Fernando Henrique, aliás – de ser ligada às drogas, pode.

Quem faz demagogia com drogas, curiosamente, é o antigo ídolo de Cantanhêde, José Serra, em seu artigo na própria Folha, acusando o governo brasileiro de ser negligente com seus “apenas” 8 mil quilômetros de fronteira, quando ele sabe que, com cerca, muro e todo o poderio norte-americano, toneladas de drogas entram nos EUA pela fronteira com o México, que mede apenas 40% disso?

E é engraçado que, ao tocar nesta questão, tudo o que se consegue tratar é de mandar polícia para as favelas e periferias, onde estão os pequenos “aviões” – e não helicópteros – da droga.

Porque é que, quando se trata de reprimir o consumo de drogas nunca se pensa em fazer o que se faz nas favelas nos bairros e “points” de elite, onde fica, de fato a “massa cheirante”?

A imprensa faz matérias sobre como traficantes desfilam livres no morro, mas não como o consumo de drogas é “arroz de festa” nos encontros da elite. A imprensa norte-americana pública. A daqui, cala.

A droga, nos jornais brasileiros, é um mal do mundo dos pobres, não do dos ricos. O delegado Hélio Luz, que teve a ousadia de dizer que “Ipanema brilha à noite”, foi, como se sabe, devidamente “apagado” de posições de mando na polícia.

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10 de agosto de 2013

Eliane_Cantanhede01Fernando Brito, via Tijolaço

Não sei se a coluna de hoje [9/8] de Eliane Cantanhêde foi motivada por alguma inside information da pesquisa Datafolha programada pra sair este final de semana. Mas que tem toda a pinta, tem.

A colunista da “massa cheirosa” já se sai com explicações para uma eventual recuperação de prestígio para Dilma Rousseff.

Afinal, a presidenta:

Não sai da tevê, do rádio, dos jornais, da internet, ocupando todos os espaços que a oposição não tem como disputar.” (meu Deus, como alguém consegue dizer uma coisas destas, sendo a mídia brasileira o que é, a verdadeira oposição, como admitiu, não faz muito, a presidente da Associação de Jornais, da mesma Folha da Cantanhêde!);

“As guerras da presidente parecem bem marqueteiras: são polêmicas e geram reações, mas têm ressonância na maioria da população – ou do eleitorado –, que aprova um plebiscito, a reforma política, os royalties para a educação e a queda de braço com os médicos para que mais municípios sejam atendidos.”;

“Dilma também passou a conversar (dizem que está até aprendendo a ouvir) com o PMDB e os partidos aliados.”

“Ela até liberou uma bolada para os parlamentares.” (Começa a ser interrompida a sequência, que parecia interminável, de notícias ruins na economia);

“Os protestos das ruas refluíram de um lado e a rede da internet recrudesceu de outro, querendo arrancar o sangue dos tucanos no escândalo da Siemens.”

Cantanhêde termina sua coluna dizendo que “não se sabe o que acontecerá com os ventos e com Dilma nas próximas pesquisas, mas a mudança de clima na política já dá para sentir”.

Dá sim, sobretudo quando uma colunista tão tucana e parcial começa a admitir que as coisas não vão tão bem para os adeptos do “quanto pior, melhor”.

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Eliane Cantanhêde quebra o bico novamente

5 de junho de 2013

Eliane_Cantanhede15Altamiro Borges em seu blog

A jornalista Eliane Cantanhêde, a da “massa cheirosa” tucana, quebrou mais uma vez o bico na terça-feira, dia 4. Em sua coluna na Folha, ela exibiu seu pessimismo oposicionista já no título: “A má notícia nossa de cada dia”. E atacou: “A presidente Dilma que vá nos perdoando, mas já virou rotina: todo dia é dia de má notícia, sobretudo na economia”. Nem bem acabou de bravatear as suas teses apocalípticas, baseadas em suas fontes rentistas e nas suas íntimas relações com o alto tucanato, e o IBGE divulgou no mesmo dia que a produção industrial teve um aumento expressivo em abril, de 1,8% – o que deve reverter as previsões alarmistas sobre o crescimento da economia neste ano.

Eliane Cantanhêde, Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg – os dois últimos, serviçais da Rede Globo – são alguns dos mais famosos urubólogos da mídia. Vivem e ganham dinheiro prevendo desgraças. A colunista da Folha se diz “especialista” em política, mas gosta de dar seus pitacos sobre a economia. No triste reinado de FHC, ela justificou as privatizações, a redução do papel do Estado, a flexibilização das leis trabalhistas e outras medidas amargas do neoliberalismo. Já nos governos Lula e Dilma, Eliane Cantanhêde assumiu a “posição oposicionista” ferrenha, como ordenou a executiva do Grupo Folha e ex-presidenta da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Judith Brito.

No artigo de terça-feira, dia 4, a jornalista da “massa cheirosa” tucana voltou a prever o pior dos mundos no Brasil. “Há convergência de crescimento baixo com inflação sempre no teto da meta, juros subindo, indústria acuada, famílias consumindo menos, superávit primário (economia para pagar juros) decepcionante e dólar disparando. Tudo, então, fica assim: o pior desde não sei quando, o mais baixo da história, a maior queda em tantos anos… E o governo respondendo sempre com um mesmo dado: os altos níveis de emprego, o que é de fato muito bom e tem efeitos eleitorais certeiros, mas não é suficiente para salvar a lavoura”.

No final do texto, ela quase comemorou: “Esse cenário e o clima não são bons para a imagem de Dilma hoje e não ajudam a reeleição amanhã”. O que ela falará amanhã sobre o crescimento da produção industrial, ou sobre o relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que elogia o papel do Brasil no combate à miséria ou mesmo sobre as novas projeções de queda da inflação. Possivelmente, nada. Ela só gosta de notícias ruins. Como tucana de carteirinha, Eliane Cantanhêde vai continuar quebrando o longo bico!

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Eliane Cantanhêde, a rainha do “Erramos” da Folha

13 de fevereiro de 2013
Eliane_Cantanhede10B_Erramos

Concorrente de peso ao “Prêmio Jornalista Imaginativo”.

Amadeu Leite Furtado13/2/2013

A jornalista (sic) e comentarista (sic) de política, de economia e de tucanagem da Folha de S.Paulo, Eliane Cantanhêde, vai entrar para o Guiness. Em sua coluna, de terça-feira, dia 12, ela deu mais um furo – não uma notícia bombástica… uma notícia furada – de reportagem. Segundo ela, enquanto o mau aluno, o Brasil, tende a reeleger sua presidente Dilma Rousseff; o mesmo não ocorre com o Chile, melhor aluno da classe. “No simpático e aplicado país sul-americano, a economia vai bem, mas a reeleição do presidente Sebastián Piñera vai mal. No melhor país do mundo, que é o nosso, a economia não está lá essas coisas, mas a reeleição de Dilma Rousseff em 2014 vai de vento em popa”, afirma a “colonista” (clique aqui para ler a “barriga” completa).

Só que a antenadíssima e informadíssima jornalista, não se ateve a um mero detalhe: a Constituição chilena não permite dois mandatos seguidos para presidente. Aqui no Brasil é possível a reeleição graças a Fernando Henrique Cardoso, que ao comprar o Congresso, possibilitou que fosse aprovada emenda para que ele se reelegesse.

Na quarta-feira, dia 13, o “Erramos” da Folha teve de corrigir a informação (sic). Em 2013, a jornalista (sic) da massa cheirosa, da febre amarela, do apagão, dentre outros “furos”, já passou com grande destaque na coluna “Erramos”. Na época em que a presidente Dilma anunciava a redução na conta de energia elétrica – que os defendidos por Cantanhêde eram contra –, ela publicou um artigo em que afirmava a existência de uma reunião de emergência do setor elétrico, “acertada entre Dilma, durante suas férias no Nordeste, e o ministro das Minas e Energia Edison Lobão” para discutir os apagões (sic) que aconteciam no País. Elaine defendeu a informação até os 45 minutos do segundo tempo, mas depois teve de dar o braço a torcer: a tal da reunião foi marcada em 12 de dezembro de 2012 e não tinha nada de emergencial. Era uma reunião rotineira do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (clique aqui).

Se continuar nesse ritmo, um por mês, Eliane Cantanhêde entrará para o Guiness como a jornalista que publicou mais “furos” com sua imaginação fértil. Taí uma ideia para o Portal Comunique-se, que gosta de premiar os jornalistas (sic) da mídia empresarial: o “Prêmio Jornalista Imaginativo”. Ricardo Noblat, Merval Pereira, Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes e Eliane Cantanhêde concorreriam palmo a palmo pelo prêmio.

Eliane_Cantanhede12_Erramos

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