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Caluniador de filho de Lula na internet é executivo do instituto FHC

15 de abril de 2014

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Fábio Luís, acusado de ser dono de grandes áreas de terra e supostas mansões e aviões, quer punição a boateiros.

Gilberto Nascimento, via Brasil Econômico

Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Lula, pediu a abertura de um inquérito no 78º DP, na capital paulista, para a identificação dos responsáveis por boatos na internet de que seria dono de grandes áreas de terra e supostas mansões e aviões, além de empresas. Uma das áreas mostradas é, na verdade, da Escola Superior de Agricultura (Esalq), de Piracicaba.

Lulinha foi alvo de piadas e brincadeiras de blogueiros presentes à entrevista com o seu pai na terça-feira, dia 8, em São Paulo. Ele foi questionado por não estar, naquele momento, cuidando de suas fazendas ou administrando os negócios da Friboi. Lulinha riu. O filho do ex-presidente é alvo de boatos na internet de que seria dono de grandes áreas de terra e supostas mansões e aviões, além de empresas. Uma das áreas mostradas é, na verdade, da Escola Superior de Agricultura (Esalq), de Piracicaba. Agora, ele até trata a questão com bom humor.

Seis internautas já foram chamados a depor. Apenas um, Daniel Graziano, ainda não compareceu. Daniel é gerente administrativo e financeiro do Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC), ligado ao ex-presidente tucano. É filho de Xico Graziano, coordenador da área de internet do pré-candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves. Procurado no iFHC, ele não retornou. Os outros intimados – Roger Lapan, Adrito Dutra Maciel, Silvio Neves, Paulo Cesar Andrade Prado e Sueli Vicente Ortega – disseram acreditar que os comentários sobre compra de fazendas e aviões fossem verdadeiros e não teriam “pensado na hora de fazer as postagens”.

O advogado de Lulinha, Cristiano Zanin Martins, diz aguardar o resultado das investigações para definir se entrará ou não com processo contra as pessoas que “macularam a imagem” de seu cliente.

Lulinha mora no Paraíso, na capital paulista, numa área de classe média. Em seu prédio, nenhum morador conversa com ele. Por outro lado, diz ser abordado o tempo todo pelos porteiros, faxineiros, garçons e frentistas que querem bater papo e perguntar sobre seu pai.

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Um alerta à indignação popular

14 de abril de 2014
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A gente briga com quem se quer bem: O “nervoso” Zé de Abreu e Lula.

Jorge André Irion Jobim

Eu li que o ator José de Abreu utilizou sua conta na rede social Twitter na noite de sábado, dia 12, para cobrar da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e do PT uma defesa mais enérgica em relação à prisão ilegal do ex-ministro José Dirceu, julgado pelo Supremo Tribunal Federal no processo do “mensalão” (Ação Penal 470).

É claro que eu entendo o ator, pois a indignação que ele sente é a mesma que eu e muitos outros estão sentindo desde o início deste circo travestido de processo que é a Ação Penal 470 que mais parece um daqueles processos terríveis dos obscuros tempos da inquisição.

Só que é necessário um certo cuidado, ainda mais agora em uma época em que Dilma Rousseff está concorrendo à reeleição e seus opositores estão esperando qualquer descuido, por mínimo que seja, para caírem em cima dela com todo seu arsenal deletério de destruição de imagens de seus adversários.

O problema é que nossa Constituição Federal 1988 em seu art. 85 prevê o denominado crime de responsabilidade, um ilícito político/administrativo cuja sanção não é a prisão, mas que pode levar à perda do cargo e à incapacidade de exercício de qualquer função pública.

De acordo com o texto constitucional configuram o referido ilícito os atos do presidente da República que atentem contra a constituição e, entre tais atos, estão aqueles que venham a interferir no livre exercício do Poder Legislativo, Poder Judiciário, Ministério Público e dos poderes constitucionais das unidades da Federação.

Bem, diante do desespero da oposição que já está percebendo que não conseguirá retomar o poder perdido pelas vias democráticas, é evidente que ela aproveitará qualquer manifestação da presidenta para tentar processá-la por um ato que possa configurar crime de responsabilidade. E caso seus opositores assim entendam, poderão tentar promover um processo de impeachment baseando-se em uma suposta tentativa de Dilma de interferir no Poder Judiciário.

É claro que, na situação atual, eles encontrariam muita dificuldade, pois por se tratar de um processo escalonado, haveria necessidade de que o pedido passasse por um juízo de admissibilidade na Câmara Federal onde teriam que obter o voto favorável de 2/3 de seus membros para que a licença para o processo de impeachment fosse admitida. Posteriormente, caso houvesse tal admissão, ele seria julgado no Senado e a condenação somente ocorreria com o voto de 2/3 dos membros da casa.

É uma situação quase improvável, ao menos no atual momento, mas diante de todas as vilanias praticadas pela oposição auxiliada pela mídia golpista com suas manipulações, sabe-se lá o que poderá acontecer. Não podemos duvidar de nada mais em matéria de baixaria desta gente.

Assim sendo, há que se ter cuidado. Outras entidades podem fazer pressão sobre o STF, dentre elas a OAB e as organizações de direitos humanos. Que se utilizem recursos aos tribunais internacionais e que seja feita pressão pela própria população. Mas evitemos de exigir qualquer atitude mais contundente por parte da presidenta Dilma com tal objetivo.

Afinal, a mínima iniciativa dela neste sentido será superdimensionada e utilizada para mais uma tentativa de desestabilização de seu governo através de um desgastante processo por crime de responsabilidade com o claro objetivo de produzir consequências negativas em sua reeleição. E esta oposição desprezível já deu mostras de que não hesita em se utilizar de todos os meios, por mais sub-reptícios que sejam, para atingir seu desiderato que é se aboletar novamente no poder.

E se isso vier a acontecer, já sabemos que o povo será o maior prejudicado, eis que inevitavelmente sofrerá um retrocesso em todas as conquistas que obteve no campo da inclusão social durante os governo de Lula e Dilma.

Comentário de Maria Luiza Quaresma Tonelli, no Facebook.

A mídia oposicionista passou mais de oito anos achincalhando José Dirceu como o “chefe da quadrilha”. E não houve crime de quadrilha, como reconheceu o STF, ao absolvê-lo da imputação de tal crime, bem como Genoíno e Delúbio Soares. Agora José Dirceu, condenado a cumprir pena inicialmente em regime semiaberto, mofa na Papuda sem autorização para trabalhar, há cinco meses. Isolado, fala com os advogados através de um vidro, por um telefone, como se fosse um preso de alta periculosidade.

Defender os direitos de José Dirceu não é ir contra o PT, ao contrário, é defender o partido que ele ajudou a construir. À mídia e aos partidos de oposição interessa José Dirceu trancafiado, como um bandido perigoso. Será que pouca gente se dá conta disso?

Defender José Dirceu é defender seu direito de preso, é defender a legalidade. É a defesa de direitos fundamentais do cidadão, a defesa dos direitos humanos.

A ameaça que se faz a um, no Estado democrático de Direito, é uma ameaça a todos, indiscriminadamente.

Defender José Dirceu é, também, defender o PT, de alguma maneira.

Magoado, Joaquim Barbosa adere à regulação da mídia

11 de abril de 2014

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Fernando Brito, via Tijolaço

Apoio a gente não recusa, diz um velho mandamento político. Portanto, mesmo sendo evidentemente provocada pela frustração de que sempre foi paparicado pelos grandes jornais e tevês, e agora que já não serve mais a seus propósitos políticos é largado ao abandono, seja bem-vinda a adesão do ministro Joaquim Barbosa à ideia de que é necessária uma regulamentação da mídia no Brasil, noticiada pela Folha.

Aliás, o que se passou no processo que deu a Joaquim Barbosa a imagem de “vingador da corrupção” o que foi senão um episódio onde a mídia, com todos seus abusos, pretendeu conduzir o Judiciário com seu poder?

É impagável a ironia com que pode ser lida a declaração de Barbosa ao jornal:

“Precisamos de visões mais plurais e ver isso com mais naturalidade. Vocês não acham que a informação no Brasil não é repetitiva, obsessiva, cansativa às vezes? Todo mundo diz a mesma coisa”.

Nem parece que foi isso o que aconteceu em todo o julgamento do chamado “mensalão”, não é? Desmentido na Época, processo no Noblat, regulação da mídia…

Parece que o outono está mexendo com o espírito do Dr. Joaquim.

***

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O livro “A outra história do mensalão” é um sucesso de vendas

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“Mensalão”: A história de uma farsa

Cláudio Lembo, aliado de José Serra, chama o “mensalão” de julgamento medieval

Juristas destroem acusações dos juízes do julgamento do “mensalão”

Ives Gandra, um dos oráculos da direita, afirma que José Dirceu foi condenado sem provas

Agora vai: Ato pró-Barbosa reúne 29 pessoas e pede armas

Sem convite de Dilma para África do Sul, Joaquim Barbosa atende tietes em São Paulo

O chicanista Joaquim Barbosa dá voz ao 12º ministro do STF: A “grande mídia”

Onde Joaquim Barbosa fracassou

Joaquim Barbosa fica na defensiva após revelação de seu patrimônio

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Podem escrever: Comportamento de Barbosa no STF não vai acabar bem

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Paulo Moreira Leite: Joaquim, Pedro 1º e o racismo

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A Globo e Joaquim Barbosa são um caso indefensável de conflito de interesses

Joaquim Barbosa embolsou R$580 mil em auxílios atrasados

Joaquim Barbosa, quando quer, não domina a teoria do domínio do fato

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Lula: “A história do ‘mensalão’ será recontada.”

9 de abril de 2014
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Foto de Ricardo Stuckert/Instituto Lula.

Via Correio do Brasil

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista a um grupo de jornalistas e blogueiros, na terça-feira, dia 8, alertou para a campanha de mídia que levou uma ação iniciada “com uma fraude de R$3 mil nos Correios” a terminar no processo que a mídia conservadora chamou de “mensalão”. Segundo o líder petista, “há muita controvérsia sobre a história do dinheiro público, que não apareceu ainda”.

Lula, na conversa com os blogueiros, em tom coloquial, falou ainda sobre a situação difícil em que se encontra o ex-ministro José Dirceu, preso em regime fechado no Complexo Penitenciário da Papuda, quando teria direito a trabalhar fora da prisão:

“O que está acontecendo com o Zé Dirceu é um abuso. De qualquer forma, todos nós já passamos por muita coisa. É preciso ter paciência, porque as coisas mudam. A história do ‘mensalão’ será recontada nesse país.”

Eleições

Na entrevista, Lula deixou claro que integrará a campanha da presidenta Dilma Rousseff e descartou a hipótese de voltar como candidato à Presidência da República, este ano.

“Eu tenho um lado e seu do lado que estou. O que incomoda [a oposição] é saber que eu tô vivo e com muita vontade de brigar. Vou começar a viajar o Brasil com a Dilma. Olha, cumpri com minha obrigação de deixar a Dilma governar o Brasil, mas agora é hora de começar a falar”, avisou.

Em meio à queda na aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff e perda de terreno na disputa eleitoral, segundo as últimas pesquisas, o nome de Lula voltou a ser cotado.

“Não sou candidato. Gostaria que vocês contribuíssem para acabar com essa boataria. A Dilma é a minha candidata”, afirmou Lula ainda antes de serem feitas as primeiras perguntas, na coletiva transmitida ao vivo pela Internet.

Petrobras

Um dos temas sensíveis nestas eleições, a campanha midiática contra a Petrobras também está na lista de preocupações do ex-presidente. Sobre a Petrobras, Lula mencionou interesses políticos de quem quer criar a CPI no Congresso – gente que “nunca quis criar CPI, para nada” – e afirma que “não adianta comparar” o valor que a empresa tem hoje e durante o governo FHC.

“Se ela vale R$98 bilhões hoje, ela valia R$15 bilhões durante o governo FHC. E muitos desses queriam privatizar a Petrobras há pouco tempo”, lembrou Lula.

Lula conclamou o PT e setores do governo em defesa da atual gestão.

“Tem de levantar a cabeça e enfrentar para valer o debate político. Por exemplo, cadê o blog da Petrobras, que foi tão importante em 2009?”, questionou Lula, referindo-se ao período em que a estatal reproduzia em sua página na internet pedidos de entrevistas de jornalistas. Era a forma, na ocasião, de furar bolhas de especulação feitas por meio da mídia.

Quanto às eleições, no Estado do Rio, onde a aliança entre o PT e o PMDB está em risco, Lula afirmou, sobre a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT):

“Eu acho que é para valer.”

O ex-presidente, que ressaltou ter uma “profunda relação” com o candidato do PMDB, Luiz Fernando Pezão, acrescentou que Lindbergh “não tem nada a perder, só tem a ganhar”.

“Ele acha que é o momento dele, e eu acho que ele é um candidato bom, pode tomar cuidado que ele vai crescer e pode até ganhar as eleições”, concluiu.

***

Em 13 pontos, a entrevista de Lula aos blogueiros

Via Revista Fórum

1. Se a oposição tinha alguma dúvida acerca da saúde e da disposição de Lula para enfrentar como candidato ou como cabo eleitoral a disputa deste ano, todas as dúvidas foram sanadas nesta entrevista de 3h30 aos blogueiros. Ele falou como um Fidel Castro. Fez análises como há muito tempo não fazia sobre todos os temas. Provocou a oposição, cobrou o PT, defendeu seu governo e o de Dilma, fez piadas e não teve medo de enfrentar temas polêmicos como a regulação da mídia. Lula foi Lula em sua melhor forma.

2. Ao sentar na mesa fui avisado pela assessor de imprensa do Instituto, José Crisphiniano, que faria a primeira pergunta. Imaginei começar quente perguntando se havia alguma chance de ele ser candidato à presidência em 2014. E emendar perguntando sua opinião sobre a lei antiterrorismo. Quando peguei o microfone, Lula me deu um drible da vaca. Pediu a palavra antes e disse que não era candidato e que sua candidata a presidente é Dilma. Falou uns cinco minutos sobre o tema, sinalizando que aquela entrevista não tinha por objetivo a ampliação do “volta Lula”.

3. Lula foi muito menos governista que muitos militantes ao tratar das manifestações de junho. Disse que é bom que a sociedade se manifeste e que aprendemos a fazer política fazendo manifestações. “Precisamos aprender a lidar com isso e tirar lições. Não vi nenhuma reivindicação absurda, mas pedindo para o estado cumprir sua condição de Estado”, disse. Acrescentando: “Quantas as vezes a Dilma deve ter carregado faixa com frases como mais saúde, mais educação?”

4. O presidente foi enfático ao tratar da Lei Antiterrorismo. “Não acho que o Brasil precise de uma lei antiterrorismo, porque não temos terrorismo no Brasil. A própria sociedade aprendeu a depurar que tipo de pessoa vai em prol de uma causa e quem vai fazer baderna.”

5. Ao ser provocado por Altamiro Borges sobre a CPI da Petrobras, Lula não passou a mão na cabeça do vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT/PR). Ao contrário, foi incisivo ao comentar o fato do possível envolvimento dele com o doleiro Alberto Youssef. “Espero que ele consiga provar que não tem nada além da viagem de avião porque no final quem paga o pato é o PT. E a viagem em si já foi um erro…”

6. O presidente fez um ziguezague para dar uma cutucada em Eduardo Campos, mas isso pode ser uma demonstração de que na campanha sua língua pode ficar mais afiada em relação ao ex-governador. “Tenho uma belíssima relação com o Eduardo Campos, tinha uma bela relação com o Miguel Arraes, avô dele, sou agradecido a ele pelo que contribuiu com o meu governo e ele deve ser agradecido a mim pelo que fiz pelo desenvolvimento de Pernambuco. Mas não entendo por que ele resolveu antecipar um processo que poderia ser natural no desenvolvimento da aliança com o PT. A Marina entendo, sei de uma parte das divergências entre as duas, ela e Dilma, quando estavam no governo, mas o Eduardo eu não compreendo.”

Além disso, Lula afirmou que Eduardo sai da base do governo para fazer um discurso mais à direita. Ou seja, Marina pode ter um motivo ideológico para seu rompimento com o governo. No caso de Eduardo, Lula entende que o buraco é mais embaixo. E isso pode sinalizar que o neto de Arraes vai ter de se preparar para enfrentar não só Dilma. Mas também o ex-presidente.

7. Lula não usou indiretas para jogar pra cima do PT o resultado da investigação do mensalão. “Espero que o PT tenha aprendido a lição do que significou a CPI do Mensalão, que deixou marcas profundas nas entranhas do PT. Se o PT tivesse feito o debate político no momento certo e não esperasse uma solução jurídica, talvez a história fosse outra. A imprensa construiu o resultado desse julgamento.” E chamou a atenção para o fato de que isso teve relação com as disputas internas, dando a entender de que no caso da CPI da Petrobras isso poderia acontecer de novo.

8. Sobre a Petrobras, o presidente se mostrou empolgado em fazer o debate com a oposição. “Bolsa é assim mesmo. Não se pode medir a Petrobras só pela bolsa, mas pelo conhecimento tecnológico que tem, pela quantidade de petróleo que existe no pré-sal.” E disse que não se pode comparar o resultado do valor da Petrobras na bolsa do final do governo dele com o de Dilma. Que o certo é comparar o do final do governo Dilma com o do de Fernando Henrique Cardoso.

9. O presidente trouxe o tema da regulação dos meios de comunicação para a entrevista. Falou mais sobre ele do que foi perguntado. E soltou entre uma pergunta e outra primeiro essa frase: “Perdemos um tempo precioso em não fazer a discussão do marco regulatório desse país, espero que retomemos essa discussão.” E em outro momento disse que seria necessário voltar a esse debate “não sei se ainda na eleição ou se no próximo governo”.

10. Lula disse que considera a reforma política a mais importante reforma a ser feita no país. E acrescentou: “estou convencido que esse Congresso não fará a reforma política. Sou favorável à Constituinte exclusiva para fazer a reforma política. Não tem outro jeito.” É um sinal de que isso pode ser um dos temas desta eleição presidencial.

11. Em alguns momentos o presidente voltou a dizer que “a história do mensalão vai ser recontada nesse país. E se puder, vou ajudar a contá-la.” Na entrevista com os blogueiros, em 2010, no Palácio do Planalto, já havia dito algo semelhante. Essa parece ser uma de suas obsessões. Mas ao mesmo tempo parece também achar que precisa tomar muito cuidado para tratar do tema.

12. Lula deu de presente para a comunicação do governo o discurso que deveria adotar para tratar da Copa do Mundo. “A Copa do Mundo no Brasil é o encontro de civilizações causado pelo esporte. É mais do que dinheiro…” Ou seja, vamos falar mais sobre o que o evento significa para o Brasil do ponto de vista da sua formação cultural e menos em legado.

13. Lula criticou a mídia tradicional por algumas vezes durante a entrevista, mas fez questão de ser específico numa delas. Disse que Pedro Bial foi muito mal educado ao entrevistá-lo no Planalto. Exatamente Pedro Bial, um dos principais rostos globais. O que isso significa? Pode não significar nada, mas pode significar muita coisa. O ex-presidente parece estar absolutamente tranquilo para enfrentar a Globo. E talvez por isso tenha sinalizado tantas vezes que foi importante ter conquistado a neutralidade na rede, com o Marco Civil. E que agora é hora de discutir a regulação dos meios de comunicação.

Em alto nível, Lula faz a lista do “compare e comprove” com a gestão FHC

8 de abril de 2014

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Fernando Brito, via Tijolaço em 8/42014

Em artigo publicado no site do Instituto Lula, o ex-presidente faz comparações irrespondíveis entre o Brasil de hoje e aquele que ele encontrou ao assumir o governo. Reproduzo o texto ao final, mas tomo a liberdade de fazer uma lista, simplificada e mais fácil de absorver, das comparações feitas por ele.

É isso o que deve ser mostrado ao eleitor, para sua decisão de votar, porque é a realidade, não a espuma batida e misturada pelo “liquidificador” da mídia. Porque é isso que define o vigor econômico do país e, com ele, a renda, o emprego, os recursos para investimentos sociais, para a modernização do serviço público.

Aos dados econômicos de Lula, portanto:

● O Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país, era, em 2003, o equivalente a US$550 bilhões, hoje supera os US$2,1 trilhões. Quatro vezes maior, portanto.

● O comércio exterior passou de US$119 bilhões anuais em 2003 para US$480 bilhões em 2013, também quatro vezes maior.

● O investimento estrangeiro direto, que foi de US$63 bilhões, contra os US$16,6 bilhões de 2002, quando já não havia quase nada mais a ser vendido na quitanda de Fernando Henrique Cardoso. Ou seja, quase quatro vezes mais.

● Inflação de 12,5% em 2002 para 5,9% em 2013, reduzida a menos da metade.

● Dívida pública líquida diminuída praticamente à metade; de 60,4% do PIB para 33,8%.

● Reservas cambiais de 376 bilhões de dólares em reservas, quase dez vezes maiores do que os 38,8 bilhões de 2002.

● Geração de empregos: até fevereiro, foram 20,2 milhões de empregos (15,4 milhões com Lula e 4,8 milhões com Dilma), o que dá uma média anual 1,8 milhão de empregos, enquanto nos oito anos de Fernando Henrique Cardoso, que criou 5,02 milhões de vagas, a média era de 627,5 mil vagas anuais. Quase triplicou, portanto, mesmo com uma crise internacional que destruiu 62 milhões de empregos, segundo a OIT.

E Lula poderia ter acrescentado ainda:

● Em dólar, o salário mínimo passou de US$56,33 em dezembro de 2002 (R$200,00 para o dólar a R$3,55), para US$321,77 em março deste ano (RS$724,00 para o dólar a R$2,25). Ou, para corrigir pela inflação interna, aumento real de 86,7% desde aquela data, usando o INPC como indexador.

Será que dá, Aécio, sequer para conversar?

Leiam o artigo de Lula:

A saúde das economias emergentes

Luiz Inácio Lula da Silva

Nos últimos meses têm surgido na mídia internacional alguns juízos apressados e superficiais sobre um inevitável declínio econômico dos chamados países emergentes e a sua suposta “fragilidade”.

Os que pensam assim não compreendem o alcance das transformações que o mundo viveu nas últimas décadas e o verdadeiro significado do salto histórico que deram países como a China, a Índia, o Brasil, a Turquia e a África do Sul, entre vários outros. Não percebem que a economia desses países, além de crescer de modo extraordinário, passou também por uma mudança de qualidade. Tornou-se mais diversificada, eficiente e profissional. E muito mais rigorosa e prudente do ponto de vista macroeconômico, sobretudo no que se refere às políticas fiscal e monetária. Não levam em conta que os países emergentes, com tremendo esforço e determinação, reduziram sistematicamente a sua vulnerabilidade interna e externa e agora estão muito mais aptos a enfrentar as oscilações econômicas globais. Por isso, quem os avalia por critérios superados, de décadas atrás – os estereótipos sobre as eternas mazelas do “terceiro mundo” – acaba subestimando a sua solidez e o seu potencial de crescimento.

Até pelos erros de avaliação cometidos na véspera da crise de 2008, quando grandes empresas norte-americanas e europeias à beira da falência eram consideradas por muitos analistas como modelo de solidez e competência, penso que seria recomendável maior objetividade nos diagnósticos e, principalmente, nos prognósticos.

Um dos principais ensinamentos a tirar da crise, que não surgiu nas nações em desenvolvimento, mas nos países mais ricos do planeta, é que as opiniões sobre as economias e o destino dos países devem evitar tanto o elogio inconsistente quanto o alarmismo sem fundamento. A busca equilibrada da verdade é sempre o melhor caminho. E isso supõe examinar de perto, meticulosamente, sem preconceitos nem velhos clichês, a economia real de cada país.

Os países emergentes, obviamente, não estão nem nunca estiveram isentos de desafios. Integrados ao mercado mundial, tem que lidar com as consequências de um maior ou menor dinamismo da economia global. Mas hoje não dependem exclusivamente das exportações que, apesar da crise, mantiveram um volume muito expressivo. Os países emergentes criaram fortes mercados internos, ainda com enorme horizonte de expansão. A retomada dos Estados Unidos e da Europa não torna essas economias menos atrativas para o investimento estrangeiro, que continua a chegar em grande quantidade. As economias desenvolvidas precisam, mais do que nunca, de mercados ainda elásticos para a sua produção, e esses mercados estão principalmente na Ásia, na América Latina e na África. Sem falar que o crescimento norte-americano e europeu tende a favorecer o conjunto do comércio mundial.

A queda no ritmo de crescimento dos emergentes costuma ser exemplificada com a situação da China, que chegou a crescer 14 por cento ao ano e hoje cresce em torno de 7%. É evidente que, com a desaceleração dos países ricos, a China não poderia manter a mesma velocidade de expansão. O que se esquece, porém, é que 10 anos atrás o PIB da China era de cerca de 1.6 trilhão de dólares e hoje é de quase 9 trilhões de dólares. A taxa de crescimento é menor, mas sobre uma base muitíssimo maior. Além disso, deixou de ser um país quase que exclusivamente exportador, para desenvolver também o seu mercado interno, o que demanda novas importações. Por outro lado, graças à imensa poupança e acúmulo de reservas, a China passou a ser uma importante fonte de investimentos externos na Ásia, na África e na América Latina.

Embora sejam economias menores do que a China, os outros emergentes, com diferentes ritmos de crescimento – mas sempre crescendo – também apresentam boas perspectivas.

É o caso do Brasil, que está sabendo ajustar-se ao novo cenário internacional e tem condições concretas não só de manter as suas conquistas econômicas e sociais, mas de continuar avançando.

Os dados da economia brasileira falam por si. No último decênio, o Brasil conseguiu tornar-se em vários aspectos um novo país. O PIB, que em 2003 era de 550 bilhões de dólares, hoje supera os 2.1 trilhões. Somos hoje a sétima economia do mundo. O comércio externo passou de 119 bilhões de dólares anuais em 2003 para 480 bilhões em 2013. O país tornou-se um dos seis maiores destinos de investimento externo direto, recebendo 63 bilhões de dólares só no ano passado, de acordo com as Nações Unidas. É grande produtor de automóveis, máquinas agrícolas, celulose, alumínio, aviões; e líder mundial em carnes, soja, café, açúcar, laranja e etanol.

Baixamos a inflação de 12.5 por cento em 2002 para 5.9 por cento em 2013. Há dez anos consecutivos ela permanece dentro dos limites estabelecidos pela autoridade monetária, mesmo com a aceleração do crescimento. Reduzimos a dívida pública líquida praticamente à metade; de 60.4 por cento do PIB para 33.8 por cento. Desde 2008, o país fez superávit primário médio anual de 2.5 por cento, o melhor desempenho entre as grandes economias. E a Presidenta Dilma Rousseff anunciou o esforço fiscal necessário para manter a trajetória de redução da dívida em 2014.

Com 376 bilhões de dólares em reservas, dez vezes mais do que em 2002. Diferentemente do passado, hoje o Brasil pode lidar com flutuações externas ajustando o câmbio sem turbulências nem artifícios.

Esses resultados poderiam ter sido ainda melhores, não fossem os impactos da crise sobre o crédito, o câmbio e o comércio global. A recuperação dos Estados Unidos é uma excelente notícia, mas neste momento a economia mundial reflete a retirada dos estímulos do FED. E, mesmo nessa conjuntura adversa, o Brasil cresceu 2.3 por cento no ano passado, um dos melhores resultados dentre os países do G-20 que já divulgaram os indicadores de 2013.

O mais notável é que, desde 2008, enquanto o mundo, segundo a OIT, destruiu 62 milhões de empregos, o Brasil criou 10.5 milhões de novos postos de trabalho. A taxa de desemprego é a menor da nossa história. Não vejo indicador mais robusto da saúde de uma economia.

Há uma década o país trabalha ativamente para ampliar e modernizar a sua infraestrutura. Aumentamos a capacidade energética de 80 mil MW para 122 mil MW e estamos construindo três hidrelétricas de grande porte. Além disso, o governo lançou um vasto programa de concessões de portos, aeroportos, rodovias, hidrovias e distribuição e geração de energia no valor de mais de 170 bilhões de dólares.

Recentemente estive com investidores globais, em Nova Iorque, mostrando como o Brasil se prepara para dar passos ainda maiores na nova etapa da economia mundial. Pude comprovar que eles tem uma visão ao mesmo tempo realista e positiva do país e do seu potencial de crescimento. Seguirão investindo no Brasil e, com certeza, terão bons resultados, crescendo junto com o nosso povo.

O novo papel que os países emergentes assumiram na economia global não é algo efêmero, transitório. Eles vieram para ficar. A sua força evitou que o mundo mergulhasse, a partir de 2008, numa recessão generalizada. E não será menos importante para que a economia global volte a ter um ciclo de crescimento sustentado.

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Lula não precisa ser candidato

7 de abril de 2014

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A Folha reteve por 24 horas o dado capaz de relativizar esmagadoramente a queda de seis pontos nas intenções de votos na presidenta Dilma.

Saul Leblon, via Carta Maior

Por que o Datafolha não inclui em suas enquetes algumas perguntas destinadas a decifrar o modelo de desenvolvimento intrínseco à aspiração mudancista majoritária na sociedade brasileira, segundo o próprio Instituo?

Por que o Datafolha não pergunta claramente a esse clamor se ele inclui em seu escopo de mudanças um retorno às prioridades e políticas vigentes quando o país era governado pelo PSDB, com a agenda que o dispositivo midiático tenta restaurar com o lubrificante do alarmismo noticioso?

Não se trata de introduzir proselitismo nos questionários de sondagem. É mais transparente do que parece. E de pertinência jornalística tão óbvia que até espanta que ainda não tenha sido feito.

Por exemplo, por que o Datafolha não promove uma simulação que incluiria Fernando Henrique Cardoso e Lula como candidatos teóricos e assim avalia as preferências entre os modelos e ênfases de desenvolvimento que eles historicamente encarnam?

Por que o Datafolha não pergunta claramente ao leitor se prefere a Petrobras – e o pré-sal, que é disso que se trata, sejamos honestos – em mãos brasileiras ou fatiada e privatizada?

Por que o Datafolha não investiga quais políticas e decisões estão associadas à preferência pelo petista que há 12 anos está sob bombardeio ininterrupto da mídia e, ainda assim, conserva 52% das intenções de voto num país seviciado pelo monopólio midiático?

Por que o jornal que é dono da pesquisa – em mais de um sentido – não explicita em suas análises as relações (ostensivas) entre a resistência heroica do recall desfrutado por Lula; o desejo majoritário de mudança na sociedade e o vexaminoso arrastar dos pés-de-chumbo do conservadorismo, Aécio e Campos?

Por que a Folha reteve por 24 horas o dado capaz de relativizar esmagadoramente o impacto da queda de seis pontos que teria marcado as intenções de votos na presidenta Dilma –mas que ainda assim vence com folga (38%) seus dois principais oponentes juntos (26% de Aécio e Campos)?

O dado em questão não é singelo.

Só divulgado nesta noite de domingo –sem espaço na manchete e sequer registro na primeira página do diário dos Frias! – ele tem caibre para dissolver em partículas quânticas tudo o que foi dito no final de semana sobre a derrocada do governo na eleição para 2014.

Qual seja, a opinião de Lula – colheu o Datafolha – é uma referência positiva de impacto avassalador sobre as urnas de outubro: seu peso ordena e hierarquiza a definição de voto de nada menos que 60% do eleitorado brasileiro. Seis em cada dez eleitores tem em Lula uma baliza do que farão na cabine eleitoral.

Segundo o Datafolha, 37% deles votariam com certeza em um candidato indicado pelo petista; e 23% talvez referendassem essa mesma indicação.

Note-se que os estragos que isso deixa pelo caminho não são triviais e de registro adiável.

Se divulgados junto com a pesquisa das intenções de voto, esmagariam, repita-se, o esforço do tipo “vamos lá, pessoal”, que os comodoros do conservadorismo tentaram injetar na esquadra de velas esfarrapadas de Campos e Neves.

Vejamos: ao contrário do que acontece com o cabo eleitoral de Dilma, 41% dos eleitores rejeitariam esfericamente um nome apoiado por Marina Silva – Eduardo Campos encontra-se nessa alça de mira contagiosa, ou não?

Já a rejeição a um candidato apoiado por FC é de magníficos 57%.

Colosso. Sim, quase 2/3 do eleitorado, proporção só três pontos inferior à influência exercida por Lula, foge como o diabo da cruz da benção dada pelo ex-presidente tucano a um candidato; apenas 23% cogitariam sufragar um nome apoiado por ele.

Esse, o empolgante futuro reservado ao presidenciável Aécio Neves, ou será que a partir de agora ele imitará seus antecessores de dificuldades e esconderá o personagem que o imaginário brasileiro identifica ao saldo deixado pelo PSDB na economia e na política do país?

O fato é que a virada antipetista, ou antigovernista, ou ainda antidilmista que o dispositivo midiático tenta vender – e o fez com notável sofreguidão neste final de semana, guarda constrangedoramente pouca aderência com a realidade.

Exceto se tomarmos por realidade as redações da emissão conservadora, a zona sul do Rio ou o perímetro compreendido entre os bairros de Higienópolis, Morumbi e Vila Olímpia, em São Paulo, a disputa é uma pouco mais difícil.

Não significa edulcorar os desafios e gargalos reais enfrentados pelo país.

Mas na esmagadora superfície habitada por 60% da população brasileira o jogo pesado da eleição de 2014 envolve outras referências que não apenas a crispação do noticiário antipetista em torno desses problemas.

Por certo envolve entender quem é quem e o que propõe cada projeto em disputa na dura transição de ciclo econômico em curso – e nessa luta ideológica pela conquista e o esclarecimento de corações e mentes, o governo Dilma e o PT estão em débito com a sociedade.

Sobretudo, o que os dados mais recentes indicam é que a verdadeira disputa de projetos precisa de mais luz e mais desassombro por parte dos alvos midiáticos.

Os institutos de pesquisas, a exemplo do Datafolha, em grande medida avaliam o alcance do seu eco quase solitário.

Bombardeia-se a Petrobras para em seguida mensurar o estrago que os obuses causaram na resistência adversária. Idem, com o tomate, a standard & Poor’s etc. etc. etc.

Ao largo das manchete do Brasil aos cacos, porém, seis em cada dez brasileiros aguardam o que tem a dizer aqueles que se tornaram uma referência confiável pelo que fizeram para a construção da democracia social nos últimos anos.

É aí que Lula entra. E o PT deve cuidar para que entre não apenas rememorando o passado, do qual já é uma síntese histórica.

Mas que coloque essa credibilidade a serviço de uma indispensável repactuação política do futuro, contra o roteiro conservador do caos que lubrifica a rendição ao mercadismo.

Dizer que Dilma perdeu seis pontos e retardar a divulgação do que fariam 60% dos eleitores diante de um apelo de Lula, é uma evidência do temor que essa agenda e esse cabo eleitoral causam no palanque de patas moles que a mídia, sofregamente, carrega nas costas.

***

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