Posts Tagged ‘Arthur Teixeira’

Trensalão tucano: Corrupção em dose dupla

27 de outubro de 2013
Metro_Siemens109_Serra_Alckmin

Ligações seguras: Alquéres exalta ainda a cooperação entre a Alstom e autoridades paulistas. Cita o governador Geraldo Alckmin e o então prefeito eleito José Serra.

Investigações mostram que o lobista acusado de intermediar propinas da Siemens no escândalo do Metrô também operou para a Alstom

Alan Rodrigues, Pedro Marcondes de Moura e Sérgio Pardellas, via IstoÉ

A cada passo que damos nas investigações sobre o cartel, nos deparamos com o mesmo personagem: Arthur Teixeira.” A frase dita por um integrante do Ministério Público encontra eco entre colegas da Procuradoria da República e da Polícia Federal envolvidos na apuração dos crimes cometidos pela máfia formada por empresas de transporte sobre trilhos para vencer e superfaturar licitações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô paulista. Os investigadores do caso estão convencidos de que o lobista Arthur Teixeira é uma das peças-chaves neste esquema criminoso que se perpetuou durante sucessivos governos do PSDB em São Paulo. Ele une duas qualidades que, segundo as apurações, tornam seus préstimos concorridos e recomendados. Teixeira circula com desenvoltura no tucanato paulista e em gabinetes das estatais e ainda é dono de uma sofisticada engrenagem financeira de intermediação de propinas. Em momentos distintos, tanto a Siemens como a Alstom – as duas principais empresas do cartel – recorreram aos seus serviços para vencerem certames com o governo paulista.

Metro_Siemens110_Arthur_Teixeira

O “consultor” Arthur Teixeira também é investigado por pagar propinas para outras empresas do cartel.

Documentos enviados há duas semanas pelo MP suíço para autoridades brasileiras deixam clara a importância de Teixeira na obtenção dos contratos superfaturados. Entre eles, há um e-mail revelador com o título “Uma estratégia vencedora para oportunidades de curto prazo para o Setor de Transporte do Estado de São Paulo”. A mensagem foi enviada em novembro de 2004 pelo então presidente da Alstom no Brasil, José Luiz Alquéres, a executivos da matriz na França. “Assim como em muitas outras negociações, nós temos sido auxiliados pelo consultor Arthur Teixeira, da Procint”, escreveu Alquéres. Ele destacou, entre aspas, que a eficiência de Teixeira revelou-se “tanto em bom quanto em mau tempo”. O então dirigente da Alstom também expõe o cenário da operação da empresa em contratos na área de transporte com o governo. “Sofremos duas grandes derrotas nas licitações públicas, as primeiras em muitos anos”, comenta. Ele, no entanto, salienta a “longa história de cooperação” da Alstom com as autoridades do Estado de São Paulo. “O novo prefeito recém-eleito (José Serra) participa das negociações que nos permitem reabrir a Mafersa como a Alstom Lapa, assim como o atual governador (Geraldo Alckmin)”, narra Alquéres. Na mensagem, o executivo diz acreditar no sucesso em quatro licitações da CPTM e do Metrô que ocorreriam, em breve, e que representariam “um total de 250 MEUR (milhões de euros)”. Para obter êxito nelas, recomenda a “utilização da expertise” do lobista Arthur Teixeira nesses projetos. Na semana passada, Alquéres alegou que os serviços contratados foram lícitos e que se alguém fez pagamentos de propina que “arque com as consequências perante a Justiça”.

Como ISTOÉ mostrou em julho, Arthur Teixeira também operou para outras companhias do cartel dos trilhos. Ele é citado por um ex-dirigente da Siemens em uma carta enviada ao ombudsman da empresa em 2008. Nela, o executivo revela que para viabilizar o contrato da CPTM Linha G, que passou a ser a linha 5 do Metrô paulista, “cada empresa tinha sua própria forma de pagar a propina ao pessoal do PSDB e à diretoria da CPTM”. A Alstom e a Siemens se utilizaram das empresas de consultoria, relata, de Arthur Teixeira e do seu irmão Sérgio Teixeira, morto em 2011.

O esquema usado por Arthur Teixeira para intermediar os acordos envolve diversos países. As companhias do cartel contratam a offshore uruguaia Gantown Consulting S/A ou a brasileira Procint – de sua propriedade – para serviços oferecendo porcentagens em contratos da CPTM e do Metrô paulista a serem licitados. Os valores são creditados, mas o trabalho realizado na prática é outro. Por meio de suas contas bancárias, como a 524374 Rockhouse, no banco Credit Suisse em Genebra, Arthur Teixeira realiza o pagamento de suborno a autoridades do governo paulista. Foi por essa engrenagem, por exemplo, que ele efetuou um depósito de US$103,5 mil na conta Milmar em 27 de abril de 2000. O beneficiário foi João Roberto Zaniboni, diretor de operações da CPTM entre 1999 e 2003 (gestões dos tucanos Mário Covas e Geraldo Alckmin).

Leia também:

Trensalão tucano: Novos documentos da Alstom incriminam ainda mais Serra e Alckmin

Lobista tucano aparece como novo suspeito no escândalo da Siemens

PF entra no trilho do trensalão tucano

Por onde andou o dinheiro do trensalão tucano

Trensalão tucano: Descoberta a conta secreta do propinoduto na Suíça

Trensalão tucano: As pegadas recentes do cartel de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin

Trensalão tucano: Saiba o nome dos deputados paulistas que foram contra a CPI da Corrupção

Trensalão tucano: Entenda as denúncias contra o PSDB

Todos os homens do propinoduto tucano

Propinoduto tucano: Os cofres paulista foram lesados em mais de R$425 milhões

Propinoduto em São Paulo: O esquema tucano de corrupção saiu dos trilhos

Após denúncias contra PSDB de São Paulo, site da IstoÉ sofre ataque

Mídia se cala: Tucanos envolvidos em corrupção? Bobagem…

Ranking dos partidos mais corruptos do Brasil

Por que Alckmin é tão blindado pela “grande mídia”?

O feito extraordinário de Alckmin

Conheça a biografia de Geraldo Alckmin

Alckmin torra R$87 milhões em propaganda inútil da Sabesp

Propinoduto tucano: Incêndio criminoso destruiu papéis do Metrô em São Paulo

Luciano Martins Costa: Um escândalo embaixo do tapete

Deputado critica demora do MP para agir contra corrupção no Metrô paulista

Apesar da blindagem da “grande mídia”, o caso da corrupção no Metrô paulista

Superfaturamento de cartel do trem em São Paulo e Brasília teria chegado a R$577 milhões

Adilson Primo, o personagem central para o esclarecimento do propinoduto tucano

Siemens diz que governo de São Paulo deu aval a cartel no Metrô

Propinoduto tucano: Novas provas do esquema estão chegando da Suíça

Propinoduto tucano: O impacto das propinas nas eleições para governador em São Paulo

Ombudsman: Folha errou ao omitir PSDB no caso Siemens

Não existe corrupção sem corruptor

Vídeo: Em 2011, Alckmin foi informado sobre o propinoduto tucano. Em 2013, diz que não sabe de nada

Alstom: Os tucanos também se encheram os bolsos de propina francesa

Trensalão tucano: Serra sugeriu acordo em licitação, diz executivo da Siemens

Trensalão tucano: Portelinha fazia os cambalachos para FHC e José Serra

Trensalão tucano: Andrea Matarazzo arrecadou junto à Alstom para a campanha de FHC

Trensalão tucano: A quadrilha dos trilhos

Trensalão tucano: Alstom pagou US$20 milhões em propina no Brasil, diz justiça da Suíça

Trensalão tucano: Pivô do caso Siemens poderá explicar reeleição de FHC

Promotor diz que empresas do cartel dos trens e Metrô são organizações criminosas

Serra conseguiu fazer o que a oposição não conseguia: Destruir o PSDB paulista

Prestes a descarrilar, mídia golpista começa a abandonar o trensalão tucano

Denúncias do cartel do Metrô em São Paulo resgatam conexão Serra–Arruda

Trensalão tucano: E eles ainda dizem que não sabem de nada

Trensalão tucano: Estudante de Berkeley fura jornais brasileiros

E ele diz que não sabe de nada: Siemens e Alstom financiaram Alckmin e outros tucanos

Trensalão tucano: Entenda as denúncias contra o PSDB

Denúncias do trensalão tucano têm de acabar antes das eleições de 2014, diz cardeal do PSDB

Agora vai: Desesperados com o trensalão, PSDB pensa em lançar a chapa FHC–Aécio

Antes tarde do que mais tarde: MPF investigará trensalão tucano

“Política da propina” pagou R$3milhões, apontam inquéritos

Corrupto processa corruptor: O circo tucano

Mídia e trensalão tucano: Como servir a Deus sem trair o Diabo

As relações de Aécio com o homem da Alstom na era tucana

Trensalão tucano: Se cuida FHC, o MP vai investigar sua eleição

A CPTM virou balcão de negócios do governo tucano

MPF engavetou todas as ações contra os tucanos

Trensalão: Tucanos não querem CPI da Corrupção

Carlos Neder: A falsidade da gestão e da propaganda tucana

Domínio do fato no julgamento dos outros é refresco

Trensalão tucano em 5 passos

E o que fala Arnaldo Jabor sobre o trensalão tucano?

Carta revela envolvimento de tucanos em esquema pesado de corrupção

Trensalão tucano: Cartel dá R$307 milhões de prejuízo à CPTM e Alckmin se finge de morto

MP/SP pede reforço da Alemanha para resolver caso do trensalão tucano

Propinoduto tucano: O trem pagador

Trensalão: Os executivos fichas-sujas do tucanato paulista

Trensalão tucano: Suíça descobre propina de 800 mil euros no caso Alstom

Trensalão tucano: Novos documentos da Alstom incriminam ainda mais Serra e Alckmin

25 de outubro de 2013
Metro_Siemens108_Serra_Alckmin

E-mail de José Luiz Alquéres, ex-presidente da Alstom no Brasil, reforça suspeitas de corrupção nos governos Serra e Alckmin.

Fausto Macedo e Ricardo Chapola, via O Estado de S.Paulo em 24/10/2013

Novos documentos enviados pela Procuradoria da Suíça ao Brasil há 20 dias reforçam, segundo investigadores do caso Alstom, suspeitas de corrupção e pagamento de propina em contratos da multinacional francesa no setor de transportes públicos em São Paulo. Em e-mail de 18 de novembro de 2004, o então presidente da Alstom no Brasil, engenheiro José Luiz Alquéres, “recomenda enfaticamente” a diretores da empresa que utilizem os serviços do consultor Arthur Gomes Teixeira, apontado pelo Ministério Público como lobista e pagador de propinas a servidores de estatais do setor metroferroviário do governo paulista, entre 1998 e 2003.

Alquéres, que não está mais no comando da Alstom, destaca o “bom relacionamento” com governantes paulistas. Teixeira, segundo as investigações em curso, era o elo da multinacional com estatais do setor de transporte público de massa.

“Temos um longo histórico de cooperação com as autoridades do Estado de São Paulo, onde fica localizada nossa planta”, escreveu. “O novo prefeito recém-eleito participa das negociações que vão nos permitir a reabertura da Mafersa como Alstom Lapa. O atual governador também participa.”

Na época, José Serra acabara de vencer o pleito municipal e o Palácio dos Bandeirantes estava sob gestão de Geraldo Alckmin, ambos do PSDB. A unidade Alstom Lapa claudicava, em 2004. Com uma carteira minguada de contratos públicos e reduzidos investimentos, aquele setor da empresa, na zona oeste da capital, esteve na iminência de cerrar as portas.

Ao pedir empenho a seus comandados, Alquéres assinala a importância de conquistar novos contratos com o Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Cita vagamente quatro empreendimentos das estatais. “Tais projetos representam um total de cerca de 250 milhões de euros”, observa. “Nesse período de mudanças sofremos duas grandes derrotas em leilões públicos, coisa que não ocorria há anos. Mas ainda podemos ter sucesso nos 4 projetos que o Estado de São Paulo vai negociar ou leiloar nas próximas semanas.”

O então presidente da Alstom cita os “amigos políticos do governo” e diz confiar na recuperação da empresa. “O processo está avançando, começo a receber mensagens de parceiros em potencial, e, principalmente, dos amigos políticos do governo que apoiei pessoalmente. A Alstom deve estar presente, como no passado.”

Um dos projetos que Alquéres mirava foi conquistado por um consórcio liderado pela Alstom, em 2005 – aditamento a um contrato firmado originalmente em 1995, no valor de R$223,5 milhões, que resultou na compra de 12 trens para a CPTM. O negócio tornou-se alvo de ação por improbidade movida pela promotoria de São Paulo, que identificou “grave irregularidade no sexto aditamento, verdadeira fraude à licitação e desvirtuamento total do contrato inicial”. A investigação mostrou aumento de 73,69% no valor da compra.

Propina
O e-mail do engenheiro, endereçado aos diretores de quatro áreas, com cópia para os mandatários mundiais da Alstom, na França, foi captado pela Procuradoria da Suíça em meio à investigação de polícia criminal que cita João Roberto Zaniboni – ex-diretor de operações e manutenção da CPTM entre 1998 e 2003 – como recebedor de propinas do esquema Alstom.

Há 20 dias chegaram ao Brasil cópias de documentos bancários que mostram depósitos de US$836 mil na conta Milmar, alojada no Credit Suisse de Zurique, de titularidade de Zaniboni. Os extratos revelam que Teixeira transferiu US$103,5 mil, em maio de 2000, para Zaniboni, por meio da offshore Gantown Consulting. Em dezembro daquele ano, um sócio de Teixeira enviou mais US$113,3 mil para o ex-diretor da CPTM. O Ministério Público suíço diz que é dinheiro de propina.

A Procuradoria da Suíça mandou para o Ministério Público cópia do e-mail de Alquéres, que governou a Alstom/Brasil entre os anos de 2000 e 2006. O dossiê faz referência a outra mensagem do engenheiro, que teria sido enviada três dias depois da primeira, para Philippe Mellier, presidente mundial do setor de transporte da Alstom. A Procuradoria assinalou: “E-mail Alquéres para Mellier de 18 de novembro de 2004, com possíveis indícios de atos de corrupção no contexto de projetos de transporte no Brasil”.

No e-mail, Alquéres cita que cinco dirigentes, “pessoas chave bem conhecidas”, haviam deixado o setor de transportes da Alstom. E fala das relações com o poder. “Três das cinco pessoas que foram dispensadas recentemente, como Carlos Alberto (diretor-geral) e Reynaldo Goulart (Desenvolvimento de Negócios) ou transferidas como Reynaldo Benitez (diretor financeiro) desenvolveram fortes e robustos relacionamentos pessoais com membros da CPTM e do Metrô/SP.” Sugere aos pares que busquem os serviços de Teixeira e da empresa dele, a Procint, “que demonstra grande competência em condições ‘favoráveis ou desfavoráveis’”.

Leia também: Alckmin*
Person of the year: FHC fala mal do Brasil e espanta investidores que Alckmin queria atrair
Um mistério: Como Alckmin sobrevive à sua mediocridade?
Marcha da Família conta com o apoio de Geraldo Alckmin
Para especialistas, fuga espetacular do PCC foi jogada eleitoral e arriscada
Documento acusa Alckmin de criar “falsa impressão” ao tentar atenuar desabastecimento de água
Plínio de Arruda Sampaio: “Ponho a mão no fogo pelo Alckmin.”
Choque de gestão: Alckmin tira recursos da segurança e educação
E se faltar água em São Paulo?
Racionamento de água e a sina do PSDB
Luciano Martins Costa: A reportagem que nunca foi escrita
Carlos Neder: Alckmin fez opção pela lógica da violência
Alckmin compromete abastecimento de São Paulo pelos próximos cinco anos
Seca: Procuradores acusam Alckmin de provocar colapso no Sistema Cantareira
Em 2010, Alckmin pediu voto para chefão do PCC
Documentos secretos revelam a relação entre PCC e parte da PM de São Paulo
Geraldo Alckmin usou ameaça do PCC para se promover
Trensalão tucano: Cartel dá R$307 milhões de prejuízo à CPTM e Alckmin se finge de morto
Trensalão tucano: As pegadas recentes do cartel de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin
Trensalão tucano: Novos documentos da Alstom incriminam ainda mais Serra e Alckmin
Trensalão tucano: As pegadas recentes do cartel de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin
A mídia se cala sobre as 27 novas taxas de Geraldo Alckmin
Com invasão da Cracolândia, Alckmin insiste em demonstrar que São Paulo é o túmulo da política
E ele diz que não sabe de nada: Siemens e Alstom financiaram Alckmin e outros tucanos
Por que Alckmin é tão blindado pela “grande mídia”?
O feito extraordinário de Alckmin
Alckmin torra R$87 milhões em propaganda inútil da Sabesp
Trensalão tucano: Delator confirma propina aos amigos de Alckmin
Até o editor de jornal tucano não aguenta mais a corrupção no governo Alckmin
Alckmin não investigou nada sobre o trensalão e pede conclusão rápida das apurações
Os “vândalos” do Metrô: Alckmin acha que pode resolver tudo com a polícia
Alckmin abre arquivos do Dops ao lado de assessor pró-golpe de 64
Novo secretário particular de Alckmin lidera a ultradireita brasileira
O jovem velho que é a cara do PSDB
Ditadura militar: Marcelo Rubens Paiva quer retratação de Alckmin
Endireita, São Paulo: Os depoimentos de peessedebista histórico sobre o governo Alckmin
Conheça a biografia de Geraldo Alckmin
Vídeo: Da crise hídrica à crise democrática
No auge da crise hídrica e durante a campanha eleitoral, Sabesp triplicou gastos com publicidade
Gestão tucana: Caos social por falta de água em São Paulo
ONU considera crise hídrica em SP uma violação aos direitos humanos
Depois de destinar R$4,3 bilhões a acionistas, Alckmin quer aumentar preço da água
Gestão tucana: Se o Tietê estivesse despoluído, ele poderia salvar São Paulo da crise hídrica
Sabesp é generosa com acionistas, mas não com investimentos em infraestrutura
Memória seletiva: Folha diz que alerta para crise hídrica desde 2001. De uma hora pra outra esqueceu
Vladimir Safatle: A crise da água e a transferência de responsabilidades
Diretor da Sabesp: “Saiam de São Paulo porque aqui não vai ter água.”
Enquanto a Petrobras é massacrada, a Sabesp é convenientemente esquecida
Lógica financeira da Sabesp marginaliza tratamento de esgoto e limpeza de rios
Escolas fechadas, fuga da cidade, caminhões-pipa: O cenário possível de São Paulo sem água
A fina flor da demagogia barata
Folha, 12/10/2003: São Paulo só atende demanda por água até 2010
Se o rodízio de 24 horas fosse feito em 2014, haveria economia de 12,3% do Cantareira
Está chegando o dia: Rio Tietê perderá o cheiro ruim até 2015, diz governo
Agora é oficial: Ministério Público aponta responsabilidade de Alckmin na crise da água
Alckmin pode não ter solução para a água, mas já tem estratégia de mídia
Estelionato eleitoral: Cronologia das pérolas ditas por Alckmin durante a crise hídrica
São Paulo: Por trás da falta d’água, privatização e ganância
Sabesp ignorou regra que reduziria risco de falta de água em São Paulo
Em 2013, devido à falta de manutenção nas tubulações, Sabesp desperdiçou uma Cantareira
“Oh, happy days”: A festa da Sabesp em Nova Iorque e a falta de água em São Paulo
Alguém precisa acordar Alckmin
Os 10 mitos sobre a crise hídrica
Os tucanos já gastaram US$3,6 bilhões para limpar o Tietê, mas o rio continua poluído
O que sai no jornal ou “o racionamento dos fatos”
Em 2009, Serra foi alertado para a crise hídrica de 2015. E não fez nada
Para entender a escassez de água
Sabesp se nega a publicar contratos de empresas que mais consomem água
Luciano Martins Costa: A ordem é preservar Alckmin e criminalizar a população
Empresas começam a deixar São Paulo pela falta d’água
Falta luz? Nos últimos anos, Eletropaulo cortou investimentos
Sabesp: Do Cantareira para a Bolsa de Nova Iorque
Em São Paulo, 360 quilômetros de Metrô: Era a previsão de 1968
Secretário de Alckmin diz que reclamações sobre falta d’água em São Paulo são “exibicionismo”
Catástrofe social, econômica e ambiental ronda o estado de São Paulo
É hora de Fernando Haddad coordenar a luta contra a falta de água

Trensalão tucano: Propina era (ou é?) de 8,5%, afirmam testemunhas

21 de outubro de 2013

Metro_Siemens29_Trensalao

Fausto Macedo

A propina que teria sido paga a servidores públicos no escândalo Siemens girava em torno de 8,5% sobre o valor superfaturado de contratos milionários firmados no setor metroferroviário. A revelação é de testemunhas que prestaram depoimento perante força-tarefa do Ministério Público criada para investigar a ação do grande cartel de multinacionais, liderado pela Siemens, que se teria instalado em setores do transporte público da administração tucana em São Paulo e no governo do Distrito Federal.

O esquema teria operado no fim dos anos 90 – um investigador estima que mais de 90% dos pagamentos ocorreram nesse período. Alguns agentes públicos citados como supostos beneficiários da corrupção permaneceram em cargos da gestão tucana até 2003. Esse detalhe tem importância fundamental para o Ministério Público, que trabalha em duas áreas – uma apuração sobre improbidade, outra no âmbito criminal.

A Lei 8.429/92, que define os atos e sanções à improbidade administrativa, impõe limite de tempo para que a promotoria ingresse com processo na Justiça. O artigo 23 dessa norma prevê que as ações podem ser propostas até 5 anos após o encerramento do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança.

Como a maior parte dos servidores citados deixou o governo há 10 anos, ou mais, eles ficam livres de eventual ação por improbidade e de suas sanções – como pagamento de multa e inelegibilidade –, mas não de ações de ressarcimento por danos ao erário, que são imprescritíveis, conforme impõe o artigo 37 da Constituição.

Investigadores avaliam como “avassaladora” a prova até aqui reunida sobre o esquema liderado pela Siemens. A própria multinacional alemã fechou acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em 22 de maio. Seis ex-executivos da Siemens subscreveram o pacto.

São citadas como integrantes do cartel 20 empresas, entre elas a Alstom, que já é alvo de outra investigação. Depoimentos citam diversas outras pessoas jurídicas que teriam atuado como laranjas ou intermediárias de licitações forjadas.

A Controladoria-Geral da Administração (CGA) recomendou às direções do Metrô e da CPTM que instaurassem processos administrativos para declarar inidôneas a Siemens e demais empresas suspeitas de cartel. A Procuradoria-Geral do Estado ingressou com ação judicial de indenização contra a Siemens.

Investigações sobre o propinoduto tucano não avançam em São Paulo

17 de outubro de 2013

Alckmin_Sorrindo01Via Correio do Brasil

A corregedoria do governo de São Paulo já ouviu 23 pessoas, mas ainda não apresentou nenhuma conclusão sobre a atuação das empresas do grupo ou seu envolvimento com funcionários públicos no escândalo do cartel formado pelas empresas multinacionais Alstom e Siemens. As investigações, que não têm prazo para terminar, segundo o governador paulista, Geraldo Alckmin, serviriam como prova de que o Estado foi vítima das empresas do cartel e agora se empenha para esclarecer como elas fraudaram as concorrências do Estado.

Na véspera, o PSDB abordou o tema em anúncios veiculados nas redes de tevê. “Nós queremos toda a verdade, somos o maior interessado nisso. Vou fundo nessa história. Punir os culpados”, afirma Alckmin na propaganda.

Nos depoimentos aos corregedores, a impressão que fica é a de que houve apenas a transferência de mais de R$400 milhões para ninguém. Os investigadores não identificaram, até agora, a participação um só agente público envolvido no caso, que ficou conhecido como propinoduto tucano, segundo informaram integrantes do governo com acesso à investigação, ao diário conservador paulistano Folha de S.Paulo. Até 30 de setembro, foram ouvidos 12 agentes públicos e ex-funcionários e 11 representantes de empresas.

“A íntegra dos quatro primeiros depoimentos, que foram examinados pela Folha, mostra que os corregedores não foram incisivos. Questionado sobre pagamentos de propina, um empresário ouvido se disse “surpreso” e não foi confrontado novamente. Além disso, duas pessoas que falaram à corregedoria relataram ter feito doações eleitorais, mas os corregedores não perguntaram, por exemplo, quem recebeu os recursos, os motivos da doação ou se houve intermediários”, diz o jornal.

Ainda de acordo com o texto, “um mês depois do início da investigação, o governo criou um grupo externo, com representantes de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil, para acompanhar a apuração da Corregedoria. Integrantes desse grupo sugeriram que todos os funcionários suspeitos fossem afastados durante as investigações, mas a proposta não chegou a ser formalizada. O grupo sugeriu também que os procedimentos se estendessem a todas as licitações das quais participaram a Siemens e outras empresas relacionadas com o cartel”.

O autor da proposta, Cláudio Weber Abramo, diretor-executivo da Transparência Brasil, “justificou o pedido dizendo que o parecia equivocado restringir as investigações apenas aos cinco projetos citados pela Siemens. A proposta, porém, foi rejeitada pela Corregedoria, que considerou necessário limitar seu alcance, pois havia “risco de não se conseguir analisar o material em prazo razoável”, acrescenta.

Segundo o advogado Vicente Bagnoli, membro do grupo, em defesa da Corregedoria, afirmou que “o tempo que a sociedade gostaria não é o tempo do processo, mas o trabalho está sendo feito”.

Trensalão tucano: Suíça descobre propina de €800 mil no caso Alstom

16 de outubro de 2013

Metro_Siemens106_Suica

Recursos foram depositados na conta de um ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos em 1997 e 1998, anos em que São Paulo era governada pelo tucano Mario Covas; de acordo com os promotores suíços, dinheiro tem origem em esquema de corrupção para favorecer a multinacional francesa; de acordo com as denúncias, propinoduto inaugurado no governo Covas teria sido mantido nas gestões de José Serra e Geraldo Alckmin; furo de reportagem é do jornalista Fausto Macedo.

Via São Paulo 247

Autoridades da Suíça comprovaram por documentos ao Ministério Público que um ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) recebeu €800 mil como propina da Alstom em conta.

Segundo furo de reportagem do jornalista Fausto Macedo, do Estadão (leia aqui), o dinheiro foi depositado entre 1997 e 1998 – durante o primeiro mandato de Mário Covas.

Os investigadores suíços se dizem convencidos de que trata-se de verba do esquema de corrupção montado pela multinacional francesa para favorecer cartel em um contrato de reforma de trens da companhia.

O caso do propinoduto teria sido mantido nas gestões tucanas de José Serra e Geraldo Alckmin, de acordo com denúncia da Siemens, multinacional alemã, que fechou acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

Acordo milionário

Na Suíça, a Alstom pagou à Justiça US$43,5 milhões para suspender o processo no qual era acusada de corrupção e lavagem de dinheiro no Brasil. No decorrer do processo, executivos confessaram ter distribuído propinas de US$6,5 milhões a gente da administração estadual de São Paulo, em troca de um contrato de US$45 milhões para a expansão do metro, entre 1998 e 2001.

Nos Estados Unidos, em abril deste ano, um executivo da Alstom foi condenado à prisão por corromper funcionários públicos. Na Zâmbia, a multi teve de devolver US$9,5 milhões e ser punida com três anos de exclusão de licitações do Banco Mundial.

No Brasil? Nenhuma punição até agora. Na ocasião do fato narrado, o ex-primeiro-genro David Zilberstjan, darling no governo Fernando Henrique, foi secretário de Energia entre 1995 e 1998, no governo Mario Covas. Sucedeu-o, ainda em 1998, o atual vereador Andrea Matarazzo, braço direito do ex-governador José Serra. O secretário de Transportes era Mauro Arce, homem de confiança dos tucanos, que permaneceu no cargo por três governos seguidos.

Uma intermediação teria sido feita, segundo acusações formais da Alstom na Suíça, pelo sociólogo e empresário Claudio Luiz Petrechen Mendes, ex-secretario-adjunto de Robson Marinho, por sua vez ex-presidente da Assembleia, ex-conselheiro do TCU e atual deputado federal. Fundador do PSDB e covista de carteirinha. O governo da Suíça declarou que Marinho guardara US$3 milhões em seus bancos, sob suspeita de ter praticado lavagem de dinheiro.

Quebra de sigilo dos réus

A justiça de São Paulo determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal de 11 pessoas, incluindo do vereador Andrea Matarazzo, que participou da arrecadação do caixa dois da campanha à reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1998, e ajudou a levantar cerca de US$20 milhões junto à Alstom.

A quebra do sigilo autorizada pela Justiça abrange o período entre 1997 a 2000. O furo de reportagem é do jornalista Fausto Macedo, de O Estado de S.Paulo. As pessoas atingidas pela decisão judicial são: Andrea Matarazzo (atual vereador do PSDB e ex-secretário de energia), Eduardo José Bernini, Henrique Fingerman, Jean Marie Marcel Jackie Lannelongue, Jean Pierre Charles Antoine Coulardon, Jonio Kahan Foigel, José Geraldo Villas Boas, Romeu Pinto Júnior, Sabino Indelicato, Thierry Charles Lopez de Arias e Jorge Fagali Neto, (ex-presidente do Metrô).

Em 6 de agosto deste ano, o 247 publicou a informação de que Matarazzo já havia sido indiciado pela Polícia Federal (leia aqui). No dia 13 de agosto, outra reportagem apontou que R$3 milhões levantados junto à Alstom foram direcionados para o caixa dois da campanha à reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – o que, à época, chegou até a ser denunciado por Folha e Veja (leia aqui).

No entanto, apesar de todos os indícios, Matarazzo e o comando do PSDB em São Paulo vinham sendo poupados. Com a determinação de quebra do sigilo bancário e fiscal dos envolvidos, rompe-se o cerco, muito embora ainda exista certa cautela. O G1, por exemplo, noticia a quebra do sigilo de 11 pessoas. O que importa, no entanto, é a presença de Andrea Matarazzo no time. Lá, ele não é apenas um entre onze.

***

Leia também:

Lobista tucano aparece como novo suspeito no escândalo da Siemens

PF entra no trilho do trensalão tucano

Por onde andou o dinheiro do trensalão tucano

Trensalão tucano: Descoberta a conta secreta do propinoduto na Suíça

Trensalão tucano: As pegadas recentes do cartel de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin

Trensalão tucano: Saiba o nome dos deputados paulistas que foram contra a CPI da Corrupção

Trensalão tucano: Entenda as denúncias contra o PSDB

Todos os homens do propinoduto tucano

Propinoduto tucano: Os cofres paulista foram lesados em mais de R$425 milhões

Propinoduto em São Paulo: O esquema tucano de corrupção saiu dos trilhos

Após denúncias contra PSDB de São Paulo, site da IstoÉ sofre ataque

Mídia se cala: Tucanos envolvidos em corrupção? Bobagem…

Ranking dos partidos mais corruptos do Brasil

Por que Alckmin é tão blindado pela “grande mídia”?

O feito extraordinário de Alckmin

Conheça a biografia de Geraldo Alckmin

Alckmin torra R$87 milhões em propaganda inútil da Sabesp

Propinoduto tucano: Incêndio criminoso destruiu papéis do Metrô em São Paulo

Luciano Martins Costa: Um escândalo embaixo do tapete

Deputado critica demora do MP para agir contra corrupção no Metrô paulista

Apesar da blindagem da “grande mídia”, o caso da corrupção no Metrô paulista

Superfaturamento de cartel do trem em São Paulo e Brasília teria chegado a R$577 milhões

Adilson Primo, o personagem central para o esclarecimento do propinoduto tucano

Siemens diz que governo de São Paulo deu aval a cartel no Metrô

Propinoduto tucano: Novas provas do esquema estão chegando da Suíça

Propinoduto tucano: O impacto das propinas nas eleições para governador em São Paulo

Ombudsman: Folha errou ao omitir PSDB no caso Siemens

Não existe corrupção sem corruptor

Vídeo: Em 2011, Alckmin foi informado sobre o propinoduto tucano. Em 2013, diz que não sabe de nada

Alstom: Os tucanos também se encheram os bolsos de propina francesa

Trensalão tucano: Serra sugeriu acordo em licitação, diz executivo da Siemens

Trensalão tucano: Portelinha fazia os cambalachos para FHC e José Serra

Trensalão tucano: Andrea Matarazzo arrecadou junto à Alstom para a campanha de FHC

Trensalão tucano: A quadrilha dos trilhos

Trensalão tucano: Alstom pagou US$20 milhões em propina no Brasil, diz justiça da Suíça

Trensalão tucano: Pivô do caso Siemens poderá explicar reeleição de FHC

Promotor diz que empresas do cartel dos trens e Metrô são organizações criminosas

Serra conseguiu fazer o que a oposição não conseguia: Destruir o PSDB paulista

Prestes a descarrilar, mídia golpista começa a abandonar o trensalão tucano

Denúncias do cartel do Metrô em São Paulo resgatam conexão Serra–Arruda

Trensalão tucano: E eles ainda dizem que não sabem de nada

Trensalão tucano: Estudante de Berkeley fura jornais brasileiros

E ele diz que não sabe de nada: Siemens e Alstom financiaram Alckmin e outros tucanos

Trensalão tucano: Entenda as denúncias contra o PSDB

Denúncias do trensalão tucano têm de acabar antes das eleições de 2014, diz cardeal do PSDB

Agora vai: Desesperados com o trensalão, PSDB pensa em lançar a chapa FHC–Aécio

Antes tarde do que mais tarde: MPF investigará trensalão tucano

“Política da propina” pagou R$3milhões, apontam inquéritos

Corrupto processa corruptor: O circo tucano

Mídia e trensalão tucano: Como servir a Deus sem trair o Diabo

As relações de Aécio com o homem da Alstom na era tucana

Trensalão tucano: Se cuida FHC, o MP vai investigar sua eleição

A CPTM virou balcão de negócios do governo tucano

MPF engavetou todas as ações contra os tucanos

Trensalão: Tucanos não querem CPI da Corrupção

Carlos Neder: A falsidade da gestão e da propaganda tucana

Domínio do fato no julgamento dos outros é refresco

Trensalão tucano em 5 passos

E o que fala Arnaldo Jabor sobre o trensalão tucano?

Carta revela envolvimento de tucanos em esquema pesado de corrupção

Trensalão tucano: Cartel dá R$307 milhões de prejuízo à CPTM e Alckmin se finge de morto

MP/SP pede reforço da Alemanha para resolver caso do trensalão tucano

Propinoduto tucano: O trem pagador

Trensalão: Os executivos fichas-sujas do tucanato paulista

Trensalão: Os executivos fichas-sujas do tucanato paulista

14 de outubro de 2013
Metro_Siemens104_Sergio_Avelleda

Autuado: Ex-presidente do Metrô paulista e da CPTM, Sérgio Avelleda também foi condenado pelo Tribunal de Contas.

Diretores da CPTM e do Metrô de São Paulo foram multados pelo Tribunal de Contas por condutas lesivas ao erário. Mesmo assim, muitos deles permanecem no governo tucano.

Alan Rodrigues, Pedro Marcondes de Moura e Sérgio Pardellas, via IstoÉ em 11/10/2013

O PSDB paulista alega que não conseguiu identificar, por mais de uma década, o conluio das empresas de transporte sobre trilhos destinado a superfaturar obras durante as sucessivas gestões do partido. Documentos obtidos por IstoÉ mostram, no entanto, que há anos o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo não só vem detectando os rastros dessa prática criminosa como aplicou multas em servidores públicos responsabilizados por lesar o erário. Pelo menos, 15 contratos firmados entre as empresas do cartel com as estatais Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e o Metrô paulista foram julgados irregulares pelo TCE-SP. A maioria por direcionamentos nas licitações, que evitaram a competitividade do certame, ou aditamentos prejudiciais aos cofres públicos. Em quatro deles chama a atenção o fato de o Tribunal de Contas, órgão auxiliar do Legislativo que fiscaliza o governo estadual, ter condenado dirigentes das empresas públicas a pagar multas pessoais que, somadas, chegam a R$145,2 mil. Entre os oito autuados estão Sérgio Henrique Passos Avelleda, ex-presidente do Metrô paulista e da CPTM, e Mário Fioratti Filho, atual diretor de operações do Metrô.

Metro_Siemens105_Mario_Fioratti_Filho

Ele ainda está lá: Mário Fioratti Filho, atual diretor de operações do Metrô, foi condenado a pagar multa por firmar contratos prejudiciais aos cofres públicos.

“A multa pessoal ao servidor público é uma sanção gravíssima, equivale à ficha suja”, explica Antônio Roque Citadini, presidente do TCE-SP. Além do valor que deve ser desembolsado pelo multado, a multa não impede também que outros procedimentos sejam realizados para que o responsável repare os cofres públicos. Do ponto de vista da gestão administrativa, para Roque Citadini, “alguém que tenha sido penalizado com esse tipo de sanção (a multa) não deve continuar a exercer uma função pública”. Mas muitos deles permanecem. É o caso de Mário Fioratti Filho, condenado à multa pelo TCE por um contrato licitado em 2008. Hoje, ele é diretor de operações do Metrô paulista.

Outros personagens que deram aval a contratos julgados irregulares pelo tribunal também se mantêm na administração tucana em São Paulo. Décio Tambelli, que chegou a ser multado na época em que era dirigente do Metrô, ocupa hoje o cargo de coordenador da Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões da Secretaria dos Transportes Metropolitanos. Ele subscreveu pelo menos três contratos contendo irregularidades. Já o atual diretor de operação e manutenção da CPTM, José Luiz Lavorente, assinou cinco. Décio Tambelli e Lavorente, segundo um ex-dirigente da multinacional Siemens, participaram do esquema de pagamento de propina a funcionários públicos e políticos tucanos em troca da obtenção de contratos superfaturados com as estatais paulistas de transporte sobre trilhos. Na quinta-feira 10, o presidente do conglomerado alemão no Brasil, Ricardo Stark, reconheceu o desvio de recursos públicos por integrantes do cartel. Em sessão na Câmara Municipal da capital paulista, disse até que a companhia aceita devolver o dinheiro surrupiado do Estado, após os cálculos.

Leia também: Alckmin*
Person of the year: FHC fala mal do Brasil e espanta investidores que Alckmin queria atrair
Um mistério: Como Alckmin sobrevive à sua mediocridade?
Marcha da Família conta com o apoio de Geraldo Alckmin
Para especialistas, fuga espetacular do PCC foi jogada eleitoral e arriscada
Documento acusa Alckmin de criar “falsa impressão” ao tentar atenuar desabastecimento de água
Plínio de Arruda Sampaio: “Ponho a mão no fogo pelo Alckmin.”
Choque de gestão: Alckmin tira recursos da segurança e educação
E se faltar água em São Paulo?
Racionamento de água e a sina do PSDB
Luciano Martins Costa: A reportagem que nunca foi escrita
Carlos Neder: Alckmin fez opção pela lógica da violência
Alckmin compromete abastecimento de São Paulo pelos próximos cinco anos
Seca: Procuradores acusam Alckmin de provocar colapso no Sistema Cantareira
Em 2010, Alckmin pediu voto para chefão do PCC
Documentos secretos revelam a relação entre PCC e parte da PM de São Paulo
Geraldo Alckmin usou ameaça do PCC para se promover
Trensalão tucano: Cartel dá R$307 milhões de prejuízo à CPTM e Alckmin se finge de morto
Trensalão tucano: As pegadas recentes do cartel de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin
Trensalão tucano: Novos documentos da Alstom incriminam ainda mais Serra e Alckmin
Trensalão tucano: As pegadas recentes do cartel de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin
A mídia se cala sobre as 27 novas taxas de Geraldo Alckmin
Com invasão da Cracolândia, Alckmin insiste em demonstrar que São Paulo é o túmulo da política
E ele diz que não sabe de nada: Siemens e Alstom financiaram Alckmin e outros tucanos
Por que Alckmin é tão blindado pela “grande mídia”?
O feito extraordinário de Alckmin
Alckmin torra R$87 milhões em propaganda inútil da Sabesp
Trensalão tucano: Delator confirma propina aos amigos de Alckmin
Até o editor de jornal tucano não aguenta mais a corrupção no governo Alckmin
Alckmin não investigou nada sobre o trensalão e pede conclusão rápida das apurações
Os “vândalos” do Metrô: Alckmin acha que pode resolver tudo com a polícia
Alckmin abre arquivos do Dops ao lado de assessor pró-golpe de 64
Novo secretário particular de Alckmin lidera a ultradireita brasileira
O jovem velho que é a cara do PSDB
Ditadura militar: Marcelo Rubens Paiva quer retratação de Alckmin
Endireita, São Paulo: Os depoimentos de peessedebista histórico sobre o governo Alckmin
Conheça a biografia de Geraldo Alckmin
Vídeo: Da crise hídrica à crise democrática
No auge da crise hídrica e durante a campanha eleitoral, Sabesp triplicou gastos com publicidade
Gestão tucana: Caos social por falta de água em São Paulo
ONU considera crise hídrica em SP uma violação aos direitos humanos
Depois de destinar R$4,3 bilhões a acionistas, Alckmin quer aumentar preço da água
Gestão tucana: Se o Tietê estivesse despoluído, ele poderia salvar São Paulo da crise hídrica
Sabesp é generosa com acionistas, mas não com investimentos em infraestrutura
Memória seletiva: Folha diz que alerta para crise hídrica desde 2001. De uma hora pra outra esqueceu
Vladimir Safatle: A crise da água e a transferência de responsabilidades
Diretor da Sabesp: “Saiam de São Paulo porque aqui não vai ter água.”
Enquanto a Petrobras é massacrada, a Sabesp é convenientemente esquecida
Lógica financeira da Sabesp marginaliza tratamento de esgoto e limpeza de rios
Escolas fechadas, fuga da cidade, caminhões-pipa: O cenário possível de São Paulo sem água
A fina flor da demagogia barata
Folha, 12/10/2003: São Paulo só atende demanda por água até 2010
Se o rodízio de 24 horas fosse feito em 2014, haveria economia de 12,3% do Cantareira
Está chegando o dia: Rio Tietê perderá o cheiro ruim até 2015, diz governo
Agora é oficial: Ministério Público aponta responsabilidade de Alckmin na crise da água
Alckmin pode não ter solução para a água, mas já tem estratégia de mídia
Estelionato eleitoral: Cronologia das pérolas ditas por Alckmin durante a crise hídrica
São Paulo: Por trás da falta d’água, privatização e ganância
Sabesp ignorou regra que reduziria risco de falta de água em São Paulo
Em 2013, devido à falta de manutenção nas tubulações, Sabesp desperdiçou uma Cantareira
“Oh, happy days”: A festa da Sabesp em Nova Iorque e a falta de água em São Paulo
Alguém precisa acordar Alckmin
Os 10 mitos sobre a crise hídrica
Os tucanos já gastaram US$3,6 bilhões para limpar o Tietê, mas o rio continua poluído
O que sai no jornal ou “o racionamento dos fatos”
Em 2009, Serra foi alertado para a crise hídrica de 2015. E não fez nada
Para entender a escassez de água
Sabesp se nega a publicar contratos de empresas que mais consomem água
Luciano Martins Costa: A ordem é preservar Alckmin e criminalizar a população
Empresas começam a deixar São Paulo pela falta d’água
Falta luz? Nos últimos anos, Eletropaulo cortou investimentos
Sabesp: Do Cantareira para a Bolsa de Nova Iorque
Em São Paulo, 360 quilômetros de Metro: Era a previsão de 1968
Secretário de Alckmin diz que reclamações sobre falta d’água em São Paulo são “exibicionismo”
Catástrofe social, econômica e ambiental ronda o estado de São Paulo
É hora de Fernando Haddad coordenar a luta contra a falta de água